terça-feira, 23 de novembro de 2010

A Cara do Brasil


O filme Tropa de Elite II já bateu recordes de bilheteria, superando e de longe, grandes filmes americanos. Coisa rara nesse país, onde a atitude colonial assumida por nós brasileiros é um estilo de vida.

Diferente do primeiro filme que mostrou a ação dos policiais do BOPE contra os traficantes dos morros do Rio de Janeiro; o Tropa de Elite II desce o morro trança uma trama nos escritórios das instituições governamentais da área de Segurança da cidade maravilhosa.

O modo durão do Capitão Nascimento de resolver e combater a violência causada pelo tráfico, bate de frente com os interesses dos “políticos” que vivem de um esquema eleitoreiro criminoso. O militar, separado e vivendo um relacionamento mal resolvido com a ex-mulher, entra em crise por não saber conviver com os desafios da adolescência do filho.

No meio de tudo isso, descobre que o buraco do problema da segurança pública da cidade do Rio de Janeiro, é mais para cima. Está na estrutura do executivo corrupto e que continua sendo reeleito!

Os problemas de segurança pública mostrados no filme é um desafio para o nosso Brasil, onde votamos em políticos corruptos sem nenhum peso na consciência, e isso de norte a sul do país.

Dizer que quem elege os políticos corruptos são os pobres e analfabetos, não bate com a realidade. Nossa elite econômica, a mais privilegiada com o dinheiro público, que vive ostentando as regalias; não só vota nesse tipo de político, mais financia suas campanhas eleitorais usando suas estruturas e influências para que eles se perpetuem no poder.

Cá com meus botões me pergunto, será que outro Brasil possível será um dia possível?

2 comentários:

Emanoel Filho disse...

Padre Zezinho, cabe aqui uma questão de ordem quanto ao que vem acontecendo no Rio de Janeiro na questão da segurança pública. O estado tem um passivo na área do banditismo desde a revolução, ou melhor, desde o golpe de estado de 1964. Daí prá cá, só se viu crescer a desigualdade social e a falta de interesse do estado em atender a população mais carente. O estado do Rio de Janeiro que de uma hora para outra perdeu o status de capital da república, e com uma fusão, mal pensada, com o estado da Guanabara viu crescer a miséria e a bandidagem de forma exponencial. Passados 42 anos, em2006, o governo Cabral resolve enfrentar o problema, a partir das ocupações das favelas com as UPPs. Tem dado muito certo e entendo que este é o caminho, pois junto as UPPs vem a legalização dos serviços, de empresas e de todo um processo civilizatório que o estado nunca legou ao povo carente. Passados 2 anos da implantação das UPPs os traficantes em uma ação tardia e deseperada começam a querer intimidar e abortar um processo irreversível. AS UPPs JÁ SÃO UMA AÇÃO DE ESTADO. Os traficantes sabem que "perderam" e tentam numa ação desesperada, reaver o terreno perdido. Com tais ações, os traficantes levam panico a população, más em contrapartida, assina um cheque em branco para que o estado invada as favelas e as ocupe de forma truculenta, o que não vinha sendo feito até o momento. A população é claro só enxerga o que está a um palmo diante do nariz, e a imprensa ao invés de esclarecer, alarma. Enfim, não sou nem contra, nem a favor do governador, olho as questões de forma crítica, portanto, é preciso se ter mais elementos para fazer qualquer veiculação de notícias e opiniões alarmistas que só denigrem a tão combalida imprensa brasileira. De um baiano-carioca que admira a amazonia em especial Coari.

Professor ALVES de Coari/AM disse...

Acabar com a violência só quando as pessoas, através de DEUS e Jesus Cristo, compreenderem que se pode ter um mundo melhor.

Isso passa pela espiritualização nossa em melhorar o nosso espírito.