terça-feira, 7 de dezembro de 2010

NsarApaTeAL


Entramos na liturgia do natal e seus ritos, principalmente os de comer e beber, presentear; eles mexem muito mais com a gente do que podemos pensar!

Textos reflexivos sobre o consumismo que invade o natal e nos ilude com suas luzes irão encher a internet. Serão para todos os gostos. No meu ver cada vez mais chego a conclusão que vale o bom senso. Pois celebrar faz parte de nossa espiritualidade e de nossa constituição humana, desde a nossa existência no planeta.

Presentear ou ganhar presentes são alegrias inesquecíveis e quando tanto um gesto, quanto o outro estão ligados a pessoas amadas; os presentes ganham um valor independentes de quanto custaram e são lembrados por toda vida. Alguns guardados pelo que significam e chegam a ultrapassarem nosso tempo de vida.

E comer e beber bem é um prazer de quem pode e de quem sabe. Nem sempre quem tem dinheiro sabe cozinhar ou comer uma boa comida. Natal é tempo de peru, diz a propaganda na TV. Porém, aqui na Amazônia ainda atacamos a nossa fauna. Não tem sabor igual aos nossos quelônios, preparados como sempre desde milhares anos atrás pelos nossos antepassados indígenas.

Temos que encontrar caminhos se quisermos ter na mesa e na mesa de todos, e preservá-los!

O desafio do Natal está justamente no outro. E em Coari, na terra do gás e do petróleo, o outro pobre se multiplicou como nunca. Eles sim que precisam de um natal que talvez só nós temos.

Precisam não só de receber presente, mas também de presentear. Precisam mais que receber cestas básicas para ter migalhas em seus pratos; precisam de sonhos, de rendas e trabalhos para que possam como nós ter na mesa o quelônio, manjar dos deuses, comida natalina.

Precisam saber, sentir e viver que Deus partilhou conosco o que ele mais amava, o seu Filho!

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