segunda-feira, 20 de dezembro de 2010

Viajar é preciso

Debaixo de forte chuva parti de Coari na quinta feira bem cedo com destino a Anori. Depois de uma viagem boa para ficar na rede, lê e dormir; chegamos na terra da laranja entre quatro e cinco da tarde e ainda chovia.

A cidade fica dentro de uma lago e o acesso do Solimões até ele é feito através de um paranã que nessa época do ano se encontra sem água. Não foi fácil chegar a cidade. A pequena estrada de acesso está um mar de lama. A coisa está tão feia que mesmo indo num caminhão ainda fomos puxaos por um trator.

Ontem, cheguei em
Codajás, nossa capital do açaí.


Tanto Anori, como Codajás parecem cidades abandonas. E nesse período da chuva essa impressão é bem mais forte.

As ruas esburacadas e esgostos a céu aberto, expostos como vísceras de animais mortos, estão por toda parte. E com as chuvas eles esborram e correm pelas ruas, levando assim coliformes fecais pelas poças, onde crianças brincam sem saber do perigo que correm.

Me pergunto, depois de mais de vinte anos viajando por essas cidades, quando os governantes são se importar com os seres humanos que habitam esse pedaço do planeta?

É uma miséria, uma fome instituída por uma situação de derespeito aos povos das cidades do interior do Amazonas. Povo empobrecida com toda sorte de miséria para manter uma pequena elite econômica e política que vive o bem bom de tudo que entra para construir um mundo melhor!

Nenhum comentário: