Outros 500... pra morrer na praia?

O sol refletido no espelho d'água, reflete forte e encandeia. É desse modo que sinto esse tempo de verão e de campanha eleitoral. Assim como as praias convidam a um banho nas águas frias de seus rios, o sol forte nos lembra que ele queima. Da mesma forma é uma eleição, que sendo o momento forte do sistema democrático, sem um povo que não sabe o que é democracia, corremos o risco de elegermos ditadores.

Com sua força que queima, encanta a região; gerando belezas naturais e nas praias as musas do verão, gente bela e jovem une a beleza dos corpos com o explodir maravilhoso da natureza. A pele pode deixar o que já é lindo mais belo ainda, porém pode queimar e deixar marcas para sempre. Com a força da grana, os politiqueiros comprando votos e consciências destróem coisas belas. E nós assim votando, podemos fazer que deixem consequências por muito tempo.

São vendidos os mais diversos produtos, cremes, protetores, bronzeadores, blondores e outros mais, prometendo o milagre de fazer o belo em todos, mesmo nos que sofrem de ausência de beleza. Da mesma forma os atuais candidatos a diversos cargos são vendidos aos eleitores pelos marqueteiros, prometendo que vão fazer milagres em suas administrações.

No fim do dia com o corpo, ardido, ardendo, quente, com ressaca de sol; sente dificuldade para dormir, mais satisfeito com o dia vivido e o sentimento de embelezamento que vem das luzes do sol. Passado o dia da eleição com o voto, a consciência vendida e uma falsa alegria, porque no fundo a consciência acusa que não votou pensando no bem de todos, mais sim no seu próprio.

Amanhece e o sol anuncia que é um novo dia. Tudo igual. Os eleitos no novo dia, agora vencedores, seguem fazendo o que sempre fizeram nesse país, governar, administrar, fazendo do público o seu e na corrupção enriquecer, fazer a sua vida.

Assim segue a pátria amada, gigante pela própria natureza e deitado em berço explêndido é roubado enquanto dorme e nem com os raios de sol queimando de norte a sul, tem conseguido acordar para o novo. E assim tem sido nesses últimos 500 anos. Acorda Brasil, o sol da democracia já nasceu ou vai sempre na praia?