O mundo vive a mudança do trabalho, assim como de tudo. E essas mudanças vieram para ficar. Passamos das máquina mecânicas da revolução industrial para a eletrônica computadorizada e a robótica. E essas mudanças estão cada vez mais sendo parte de nossas vidas que as novas gerações, geração celular e tablet, vivem nesse mundo como se outros nunca tivessem existido.
Tivemos aqui na nossa região um tempo singular para o mundo do trabalho dos povos da floresta. Com a chegada da "Zona Franca de Manaus", o trabalho passou a ser parte das "Fábricas" e lojas que faziam parte desse programa para a região; tudo que se referia a floresta: agricultura, pesca, criação e outros mais passaram a ser coisas do mato, de caboclos, de índios... o preconceito foi de matar;
Por outro lado fomos iludidos por uma educação que foi "deseducação" das coisas da floresta e geradora de preconceito. Fomos forçados a deixar o nosso mundo para aprender do mundo do outro que nada sabia e nem sabe do nosso mundo. O êxodo rural, acompanhando o movimento mundial foi avassalador, criando grandes vazios nas áreas rurais e periferias pobres nas cidades.
Os "políticos" por sua vez, aproveitando o retorno da "democracia", tentaram "empregar" os pais de famílias que vinham chegando para "colocarem seus filhos nas escolas" para arranjarem a eles subempregos: vigias, garis, merendeiras, pequenos trabalhos nas construções dos prédios públicos... era uma forma de garantir os votos e fidelidade do "padrinho" que estava fazendo um "favor" ao "necessitado"... assim foram gestados os coronéis dos votos nas cidades amazônicas!