Atualmente a rede Globo de televisão apresenta no horário nobre a novela Duas Caras. Nesses últimos anos a TV das novelas está ficando cada dia mais repetitiva. Quase sempre mostra o folhetim de ricos contra pobre e vice versa.
A novela Duas Caras com um excelente quadro de atores está fazendo o brasileiro se encantar com a contradição mostrada em suas tramas. De um lado ricos com seus carrões, casas apartamentos, jantares, bebidas caras e de outro lado os 'pobres' da "favela Portelinha", que nem de longe parece ser favela. Gente rica, fina trasvertida de favelados, em nada se parecem com as pessoas que moram em favelas. Pele macia e bem cuidada, roupas caras e casas bem feitas e mobiliadas.
Quem dera que as favelas e as áreas pobres da cidades do Brasil fossem iguais a 'Favelinha', seria um sinal de que o Brasil era ou seria um país de primeiro mundo, um país de ricos. O débito habitacional da terra do futebol é monstruoso, por isso surgem favelas e áreas pobres nas cidades de norte a sul. As pessoas não possuem dinheiro para construirem suas casas ondem querem e podem e na necessidade de um teto, seja como for, as habitações vão surgindo de qualquer jeito e modo.
Coari, a terra do gás e do petróleo, um pedaço desse imenso Brasil também deve ao povo casa, lar, moradia digna desse município tão rico e tão empobrecido.
A novela Duas Caras com um excelente quadro de atores está fazendo o brasileiro se encantar com a contradição mostrada em suas tramas. De um lado ricos com seus carrões, casas apartamentos, jantares, bebidas caras e de outro lado os 'pobres' da "favela Portelinha", que nem de longe parece ser favela. Gente rica, fina trasvertida de favelados, em nada se parecem com as pessoas que moram em favelas. Pele macia e bem cuidada, roupas caras e casas bem feitas e mobiliadas.
Quem dera que as favelas e as áreas pobres da cidades do Brasil fossem iguais a 'Favelinha', seria um sinal de que o Brasil era ou seria um país de primeiro mundo, um país de ricos. O débito habitacional da terra do futebol é monstruoso, por isso surgem favelas e áreas pobres nas cidades de norte a sul. As pessoas não possuem dinheiro para construirem suas casas ondem querem e podem e na necessidade de um teto, seja como for, as habitações vão surgindo de qualquer jeito e modo.
Coari, a terra do gás e do petróleo, um pedaço desse imenso Brasil também deve ao povo casa, lar, moradia digna desse município tão rico e tão empobrecido.
Em 2004 uma multidão de sem tetos tentaram ocupar uma área na cidade na esperança de conseguir um pedaço de chão para construir sua casa. Tudo se passou de forma muita rápida, entre o amanhecer e o anoitecer eram centenas os barracos construídos de qualquer jeito. De um pedaço de madeira, de lona, de plástico ou de qulquer coisa, surgia o que o dono dizia "minha casa".
A terra tinha "dono", apesar de não ser usada para nada, nem para plantar e nem para criar. O único serventio dela era alimentar o egoísmo e a riqueza do dono. O dono do município, numa atitude de monarca, mandou sobre o povo, o verdadeiro dono da terra, a polícia. A polícia mandou porrada.
Grande maioria desses expulsos se organizaram, criaram uma associação e compraram um pedaço de terra do Sr. Aguiar. Agora a terra é nossa. O dono de tudo não aceitou e queria a força tirar o povo necessitado de um pedaço de terra além dos sete palmos. O povo resistiu e até hoje mora no novo bairro, intitulado "Bairro da Liberdade".
No Bairro da Liberdade não há água encanada, nem energia elétrica, as ruas não são asfaltadas. A calamidade é total. Além do povo, mora aos milhares mosquitos da 'malária'. Na entrada há uma guarita da "Guarda Civil", estão ali para impedir que os moradores toquem a construção de suas casas. Todo e qualquer material de construção tem a entrada vetada.
Isso sim que é Portelinha...
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Ele vivia naquela terra desde que era criança, sua mãe, seus pais viviam ali, desde que eram crianças. E assim de gerações e gerações, para trás e para frente. Seu nome era Cigano e um dia cansou de trabalhar e de beber; resolveu só beber.
Dinheiro não tinha, aliás, nada tinha, não tinha casa, nem móveis ou outro bem qualquer e a única coisa que parecia sua era a terra, ali tinham deitado suor seus pais e os pais dos seus pais. Pensou consigo que a história dos seus velhos ali construída valia dinheiro, muito dinheiro.
Sem saber bem o valor do metro ou quadra, ou de qualquer medida da terra, começou a vender e vendia a quem aparecesse. Logo apareceu os fiscais da secretária de obras, do departamento de terra e outros ficais que ninguém sabia dizer de onde eram, nem eles.
O povo necessitado de um pedaço de terra para construir seu barraco foi comprando os pedaços, uns dez por vinte, outros vinte por trinta, outros ainda de trinta por quarenta e assim ia. Cada um comprando conforme suas posses. muitos compraram para especulação imobiliária. Hoje alguns lotes valem dez vezes mais seu valor primeiro, valor cigano.
Enquanto os barracos começaram a aparecer, cigano gastava o dinheiro da terra em bebidas, prostíbulos, prostitutas, pagava a quem quissese, afinal de contas, o dinheiro era seu.
Hoje o Ciganópolis é um bairro feito da cabeça e do suor do Cigano. O povo que ali vive, toca a vida de qualquer jeito, pois assim como o Bairro da Liberdade não há água encanada, nem energia elétrica, as ruas não são asfaltadas. A calamidade é total. Além do povo, mora aos milhares mosquitos da 'malária'.
A terra tinha "dono", apesar de não ser usada para nada, nem para plantar e nem para criar. O único serventio dela era alimentar o egoísmo e a riqueza do dono. O dono do município, numa atitude de monarca, mandou sobre o povo, o verdadeiro dono da terra, a polícia. A polícia mandou porrada.
Grande maioria desses expulsos se organizaram, criaram uma associação e compraram um pedaço de terra do Sr. Aguiar. Agora a terra é nossa. O dono de tudo não aceitou e queria a força tirar o povo necessitado de um pedaço de terra além dos sete palmos. O povo resistiu e até hoje mora no novo bairro, intitulado "Bairro da Liberdade".
No Bairro da Liberdade não há água encanada, nem energia elétrica, as ruas não são asfaltadas. A calamidade é total. Além do povo, mora aos milhares mosquitos da 'malária'. Na entrada há uma guarita da "Guarda Civil", estão ali para impedir que os moradores toquem a construção de suas casas. Todo e qualquer material de construção tem a entrada vetada.
Isso sim que é Portelinha...
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Ele vivia naquela terra desde que era criança, sua mãe, seus pais viviam ali, desde que eram crianças. E assim de gerações e gerações, para trás e para frente. Seu nome era Cigano e um dia cansou de trabalhar e de beber; resolveu só beber.
Dinheiro não tinha, aliás, nada tinha, não tinha casa, nem móveis ou outro bem qualquer e a única coisa que parecia sua era a terra, ali tinham deitado suor seus pais e os pais dos seus pais. Pensou consigo que a história dos seus velhos ali construída valia dinheiro, muito dinheiro.
Sem saber bem o valor do metro ou quadra, ou de qualquer medida da terra, começou a vender e vendia a quem aparecesse. Logo apareceu os fiscais da secretária de obras, do departamento de terra e outros ficais que ninguém sabia dizer de onde eram, nem eles.
O povo necessitado de um pedaço de terra para construir seu barraco foi comprando os pedaços, uns dez por vinte, outros vinte por trinta, outros ainda de trinta por quarenta e assim ia. Cada um comprando conforme suas posses. muitos compraram para especulação imobiliária. Hoje alguns lotes valem dez vezes mais seu valor primeiro, valor cigano.
Enquanto os barracos começaram a aparecer, cigano gastava o dinheiro da terra em bebidas, prostíbulos, prostitutas, pagava a quem quissese, afinal de contas, o dinheiro era seu.
Hoje o Ciganópolis é um bairro feito da cabeça e do suor do Cigano. O povo que ali vive, toca a vida de qualquer jeito, pois assim como o Bairro da Liberdade não há água encanada, nem energia elétrica, as ruas não são asfaltadas. A calamidade é total. Além do povo, mora aos milhares mosquitos da 'malária'.
Isso sim que é Portelinha...
2 comentários:
O vereador Adão Martins propôs a mudança de nome do Ciganópolis para Bairro Adail Pinheiro e foi aprovado pelos outros vereadores.
Ele pode colocar até o nome da mae dele, como ele ja colocou...porém o proximo que entrar, vai VARRER, exterminar, eliminar qualquer resquício da administracao do ditador...
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