sexta-feira, 1 de fevereiro de 2008

Coronéis de barranco

O carnaval coariense será baiano e ontem a comitiva dos coarienses partiu para o Rio de Janeiro. Para os simples mortais da terra do gás e do petróleo, esses são aqueles que não estão no grupo dos puxas-saco, o que ficou foi uma edição quase completa do jornal Em Tempo Coari sobre a feijoada acontecida no sábado passado e algumas coisas do que virá.
A foto da capa do jornal é essa aí com as passistas da Escola de Samba Grande Rio. Uma frase do canto direito inferior da foto, quase ilegível diz que as garotas aí "deixaram as autoridades de queixo caído". E era de fato para ficar com tanta beleza exposta. Elas vieram para isso, para encantar, para fazer babar, para arrancar dinheiro do bolso de nossas "autoridades" e sai para lá quem tem pouco dinheiro, e só para "autoridades", esses sim tem dinheiro, mesmo que o dinheiro seja público, isso não importa, o que conta é a escola levar seu milhão. Claro que para ficar com uma dessas por algum tempo, horas ou a noitada, desenbolsa aí uns três, quatro ou cinco contos.
Esta cena está muito próxima das cenas dos tempos dos coronéis de barranco. Naquela época os cafetões e cafetinas traziam para prostíbulos chiques de Manaus mulheres vindas do velho mundo, polacas, francesas, alemãs, italianas espanholas, brancas e ruívas. Eram apresentadas aos coronéis com roupas íntimas ou até nuas e os coronéis de "queixo caído", acendendo charutos com notas de alto valor, babavam.
Depois do clima criado, uma bebida forte, uns charutos e alguns afagos, as cafetivas conduzia o casal para ambientes privados e as beldades, gostosas já orientadas pela experimentada patroa, conhecedora do vício de cada um da sala, entre um beijo, um abraço, um rebolado e um afago mandava a facada no bolso do coronel.
O dinheiro que as gostosas estangeiras embolsavam era o sangue dos seringueiros que no alto dos rios, em seringais perdidos por esse imenso inferno verde trabalhavam anos e anos sem nada saldar. As vezes praticando sexo com o companheiro ou algum animal domesticado. O coro da costa para pagar o esperma do patrão.
Hoje o dinheiro para as gostosas sai dos cofres públicos e o povo continua comendo o pão que o diabo amassou!

Um comentário:

Anônimo disse...

Fico alegre em perceber que em Coari, além de fauna e flora exuberantes, temos também gás e acima de tudo pessoas como você com posições e opiniões sólidas, sérias, dignas e que certamente vencerão pela perseverança e comprometimento com nosso povo. Que viva o gás, mas que acima de tudo sobreviva o povo, apesar do descaso dos políticos que elegemos. Dúvida: se queimamos o gás para gerar energia, que tal queimarmos os políticos para reciclar nossas lideranças!? Votaremos e venceremos!! jc