A arte da politicagem

O mundo político, politiqueiro vive o tempo dos bastidores. O tempo do por baixo dos panos. Os candidatos declarados, os que dizem e não dizem, os que não dizem e são, enfim, todos os candidatos e partidos estão se movendo no silêncio.

É tempo de articulações, e ganha eleições quem sabe articular, sabe dar o mel sem dar o doce por inteiro. Saber manter as rédeas sempre seguras. Afinal de contas lidar com cabo eleitorais, puxa-saco, não é fácil não. Aliás, na atual conjuntura politiqueira de Coari, em primeiro lugar para beber do dinheiro do gás e do petróleo para sua campanha eleitoral tem que ser artista do saco. O homem exige isso. Quem não jogar esse tipo de jogada, quem não dançar essa dança, dança. Uns vendem até as próprias filhas para está nesse "saco" de dinheiro.

Tenho ouvido das diversas reuniões que estão acontecendo na cidade, todas na surdina, dizer quem é quem nessa altura do campeonato é praticamente impossível, é sucídio, morte na certa e súbita. Aliás, se identificar agora é entregar o ouro ao bandido. Vale o dito do livro "Ninguém é de ninguém e todos são de todos".

Na surdina, no escuro da noite e das reuniões a grana corre solto. Os vendedores de votos, os vendedores de consciências, os exploradores da fé e da miséria do povo faminto, comendo dinheiro as montanhas.

Os currais eleitorais tentando se fortificar para ganhar mais e mais. Os pobres eleitores iludidos, vendendo seus votos pela barriga e pelo paraíso. Candidatos Fdps, agora exibem qualidade$ divina$.

Casas são constuídas, apartamentos e carros comprados em Manaus. Faculdades são pagas na capital, tudo com esse dinheiro da venda de votos.

Cargos do primeiro, segundo e terceiro escalão são negociados com os donos dos votos. Para alguns, os que se encontram mais pertos dos que estão com o dinnheiro na mão, a promessa é quase já certa. Porém tudo ainda está muito incerto.

Até a largada para a campanha eleitoral, digamos assim, oficial, muita água ainda vai passar pelo Solimões. Haverá muita mudança. Construir o atual espaço é arte que implica conviver com a ambição e o desejo dos outros, as vezes renunciando o seu próprio. Coisa para poucos. Não é fácil ter cara de pau.

Todos querem mamar no orçamento milionário do município, ninguém quer o bem das pessoas de Coari, só os votos e satisfazer seu apetite por dinheiro, ele venha de onde vier. Será uma campanha eleitoral cara, mais não será só dinheiro que vai fazer a diferença, outras qualidades também, principalmente a de jogar para o lixo todas as boas qualidades humanas.

Mais uma vez vamos decepcionar as crianças e os jovens, que tanto esperam de nós que dizemos que somos "adultos". Reclamamos que os valores estão embaixo e não percebemos que nossa fome do maior valor para nós atualmente, o dinheiro, é veroz. E quem tem, quer sempre ter mais!