Duas décadas depois da promulgação da Constituição Federal, 1,5 milhão de pessoas dos municípios do Amazonas ainda são excluídos de exercer um dos direitos humanos fundamentais consagrados pelo texto constitucional: o acesso a bens culturais expostos em bibliotecas públicas, teatros e cinemas. Escritor Márcio Souza: “As populações do interior do Amazonas não são isoladas. São excluídas.”
A democratização do acesso a um dos principais bens culturais da humanidade, o livro, é meta que deveria compor a agenda dos pré-candidatos a prefeito que se preparam para disputar a eleição de outubro. O mapeamento revelou que 36 dos 61 municípios pesquisados não possuem bibliotecas públicas, o que representa 59% de exclusão. Nessas cidades vivem 832.649 moradores, mais da metade da população do interior do Estado. Leia mais.
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O escritor e membro da Academia Amazonense de Letras, Márcio Souza, diz que o Brasil não tem uma política de incentivo à produção de livros e à leitura. "O Amazonas tem uma política cultural interessante. É um exemplo para o Brasil. A grande lacuna é a questão do livro e da leitura. Precisaríamos ter em Manaus, no mínimo 350 bibliotecas públicas", enfatiza o escritor.
Márcio Souza ressalta que o hábito da leitura é crucial para o exercício da cidadania. "Se não tem teatro no interior é porque não tem leitura antes.
Para Márcio Souza, o prejuízo causado pela falta de opções culturais no interior do Estado como o teatro, é que a população fica a mercê da televisão. "Essas populações não estão isoladas. Estão excluídas. Têm a mão única da televisão como principal meio de comunicação. Essa é a forma mais perversa de oferecer cultura para a população. É uma exclusão endêmica. Mas é planejada também. Serve para manter a população ignorante, dócil, que acredita no jornal da Globo e nas emissoras. Acredita no programa que explora a miséria", destaca o escritor.
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Nesses últimos anos as escolas coarienses de ensino fundamental e médios cresceram, estão melhores estruturalmente. O mundo do ensino superior avança num ritmo veloz e o Cefet com seus cursos técnico já está funcionando. É um mundo da educação que nos ajudará a construir um futuro melhor.
Claro está que teremos o ensino médio, um curso superior e seremos técnicos em alguma coisa pelo Cefet, e o nosso mundo cultural será cada vez menor. Está claro na palavra do nosso grande meste Márcio Souza que uma cidade sem biblioteca, sem cinema e sem teatro está fadada a ser culturalmente analfabeta.
E o que dirá Márcio Souza se ficar sabendo que nosso aministrador atual transformou a biblioteca pública em garage?
Parece que no nível cultural estamos bem, bem mal!
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