sábado, 10 de maio de 2008

Duas décadas depois da promulgação da Constituição Federal, 1,5 milhão de pessoas dos municípios do Amazonas ainda são excluídos de exercer um dos direitos humanos fundamentais consagrados pelo texto constitucional: o acesso a bens culturais expostos em bibliotecas públicas, teatros e cinemas.
Escritor Márcio Souza: “As populações do interior do Amazonas não são isoladas. São excluídas.”
A democratização do acesso a um dos principais bens culturais da humanidade, o livro, é meta que deveria compor a agenda dos pré-candidatos a prefeito que se preparam para disputar a eleição de outubro. O mapeamento revelou que 36 dos 61 municípios pesquisados não possuem bibliotecas públicas, o que representa 59% de exclusão. Nessas cidades vivem 832.649 moradores, mais da metade da população do interior do Estado. Leia mais.
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O escritor e membro da Academia Amazonense de Letras, Márcio Souza, diz que o Brasil não tem uma política de incentivo à produção de livros e à leitura. "O Amazonas tem uma política cultural interessante. É um exemplo para o Brasil. A grande lacuna é a questão do livro e da leitura. Precisaríamos ter em Manaus, no mínimo 350 bibliotecas públicas", enfatiza o escritor.
Márcio Souza ressalta que o hábito da leitura é crucial para o exercício da cidadania. "Se não tem teatro no interior é porque não tem leitura antes.

Para Márcio Souza, o prejuízo causado pela falta de opções culturais no interior do Estado como o teatro, é que a população fica a mercê da televisão. "Essas populações não estão isoladas. Estão excluídas. Têm a mão única da televisão como principal meio de comunicação. Essa é a forma mais perversa de oferecer cultura para a população. É uma exclusão endêmica. Mas é planejada também. Serve para manter a população ignorante, dócil, que acredita no jornal da Globo e nas emissoras. Acredita no programa que explora a miséria", destaca o escritor. Leia mais.

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Nesses últimos anos as escolas coarienses de ensino fundamental e médios cresceram, estão melhores estruturalmente. O mundo do ensino superior avança num ritmo veloz e o Cefet com seus cursos técnico já está funcionando. É um mundo da educação que nos ajudará a construir um futuro melhor.
Claro está que teremos o ensino médio, um curso superior e seremos técnicos em alguma coisa pelo Cefet, e o nosso mundo cultural será cada vez menor. Está claro na palavra do nosso grande meste Márcio Souza que uma cidade sem biblioteca, sem cinema e sem teatro está fadada a ser culturalmente analfabeta.
E o que dirá Márcio Souza se ficar sabendo que nosso aministrador atual transformou a biblioteca pública em garage?
Parece que no nível cultural estamos bem, bem mal!

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