Três dos cinco candidatos a prefeito de Coari (a 370 quilômetros de Manaus) foram indiciados pela Polícia Federal por envolvimento no esquema de fraudes em licitações desarticulado pela "Operação Vorax": o vice-prefeito Rodrigo Alves da Costa, o ex-secretário de finanças, Ossias Jozino, e o deputado estadual José Lobo.
Rodrigo Alves, preso pela PF em Coari no último dia 8, e conduzido a Manaus algemado, encabeça a coligação "A vitória do Progresso" apoiada pelo prefeito Adail Pinheiro, tido pela Polícia Federal como o chefe da quadrilha que fraudou processos licitatórios e desviou milhões da Prefeitura de Coari.
Conta com o apoio do PMDB, PP, PR, DEM, PSB, PTC, PSC, PRB e PTN. Contra o vice-prefeito também tramita no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) processo por abuso de poder econômico nas eleições de 2006. Ele, que concorria a deputado estadual, foi flagrado no aeroporto de Tefé com uma mala contendo R$ 215 mil. O caso foi arquivado pelo TRE. Mas levado ao TSE pelo Ministério Público Federal.
A coligação "A Voz da Igualdade", formada pelo PSL, PSDB, PSOL, PRP e PRTB dá guarida à Ossias Josino. O ex-secretário de finanças de Adail Pinheiro está entre os denunciados pelo Ministério Público Federal à Justiça Federal por participação no esquema de fraudes.
Para dar amparo a candidatura de José Lobo, o PCdoB fechou aliança com o PTB na coligação "Liberta Coari". Por terem direito a foro privilegiado, as acusações contra Adail e Lobo foram repassadas pelo MPF ao Tribunal Regional Federal da Primeira Região, que decidirá se encaminha para manifestação do procurador-geral da República.
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