Caminhando

Foram mais de três dias sem internet, uma eternidade para esse mundo que anda embarcado em carros de formula 1. Nesse tempo, três dias, muitas coisas acontecendo na terra do gás e do petróleo.

Primeiro a certeza anunciada pela juíza de que o grupo cassado iria continuar no poder e com plenos direitos de manusear a chave do cofre. Mesmo assim, na dúvida, já tinham acionado via câmara municipal "matusalém", caso o tiro saisse pela culatra; ele seria o prefeito. Mandaram Iran Medeiros, traidor do grupo, para o escanteio. Aliás, foi o maior perdedor do jogo, isto é, depois de todos os coarienses.

Agora é seguir em frente. O circo já está montado. Apesar dos espetáculos não acontecerem nele e sim no centro cultural. Será a política do pão e circo; apesar da atuação situação não permitir o pão, a coisa vai assim mesmo, só o circo. Nada melhor do que shows para mandar sentimentos de insatisfação para o ar. Pulverizar.

Vamos começar pela fé, o sentimento mais delicado desse povo. Tudo pela vontade de deus, canta Aline. Aí vai carregada na conta do homem toda pedofilia e corrupção. O saque na conta do que se sente ou que se tem - o que sobra - explorada, enganada - a fé das pessoas. Canta Aline, assim, em nome de deus esse povo vai achar que tudo é bondade.

Três dias de festas anunciam os carros pelas ruas da cidade. O aniversário da cidade será uma boa peneira para se esconder do sol.

Numa cidade onde não sem para lazer, ter shows com atrações nacionais será tudo de bom. Centro cultural lotado, certo. De graça até injeção na testa, já nos diz o ditado popular.

Passou o arraial de Sant'Ana, esse nem podia contar uma vez que quis rezar, celebrar a justiça e a paz, uma como filha da outra. Rezar pela justiça nesse mundo que quem faz a justiça cobra por ela; não cola muito. Se tem dinheiro, tem a "justiça"; se não tem, pode rezar o quanto quiser que ela não é feita, mesmo se a razão dela existir, estiver do seu lado.

Quero agradecer aos que aqui estão vindo, cada vez com mais frequência. Obrigado!