Que tipo de eleitor sou eu?

A corrida rumo aos cargos eletivos já começou e os candidatos começaram a caça dos votos. Será o tempo de o povo ser lembrado; receberão visitas as casas nos locais mais distantes, às vezes quase impossível de se chegar lá. O que não se faz por um voto?

Ultimamente o resultado de uma pesquisa mostrou que o eleitor amazonense está mais escolarizado; cresceu o número de pessoas que conseguiram terminar o ensino médio e entrou na faculdade. O que impressiona é e que a ligação entre estudos acadêmicos e consciência cidadã está cada vez menor. E isso é mal; muito mal.

Esperávamos que quando o povo estivesse mais escolarizado, estaria mais consciente dos seus deveres e responsabilizado pelo social, puro engano. As pesquisas estão mostrando que dificilmente se vota pensando no bem comum, mais sim nos interesses pessoais, principalmente cargos, empregos, privilégios e salários.

O mesmo caminho dos interesses pessoais, seguem os que estão bem economicamente; votam para manterem a posição, o que ganham. Além disso, fazem de tudo para manter o status quo, a vaidade e a comodidade que o dinheiro sempre lhes deu.

Se os mais escolarizados, se os que estão bem economicamente votam pelos interesses pessoais e o que dizer de como votam os mais pobres e miseráveis? Votam pela satisfação imediata de suas necessidades de morar, comer, beber; enfim, viver, sobreviver.

Não é que esse quadro pintado dos eleitores do Brasil não tenha lá suas exceções; mais o que dar para tirar como conclusão é que á grande maioria dos votos do povo brasileiro é comprado. Por isso quem tem mais dinheiro, mesmo que não tenha um projeto político bom para todos, mesmo que seja corrupto, tem grandes chances de ser eleito.

Poucos são os que votam conscientes, sabendo a força do título.

E não basta ter dinheiro, não basta ter estudos; às vezes nenhuma coisa, nem outra contam; é preciso ser consciente e sensível para votar pesando no “outro”, no bem comum. Infelizmente vivemos numa cultura de economia selvagem, globalizada, que incentiva nosso egoísmo, onde o “outro”, não conta.

Estando bem, o resto... eis a questão!

Os especialistas dizem numa só voz que precisamos de um novo estilo de viver, de novo modo de pensar, mais não queremos abrir mão do nosso bem estar; mesmo que para isso os pobres fiquem cada vez mais pobres.

Onde vamos parar?