Será que um dia chegamos lá?

No Brasil o ano começa para valer após o carnaval; antes disso é quase impossível decidir algo para valer nesse país. Principalmente o ano político.

Foi seguindo o ano brasileiro, pós carnaval, que a Camâra Municipal de Coari começou suas atividades. Nesse início de ano, o povo marcou presença; apesar de ser sempre na perspectiva dos dois grupos fortes que dominam a cidade. Melhor seria se fosse por interesse comum, pelo bem de todos da terra do gás e do petróleo.

Infelizmente os vereadores da terra do gás e do petróleo não estão nem aí para o bem do povo; só pensam nos seus bens, nos seus interesses. E não vão mudar tão cedo. Na última eleição trocamos quase todos os vereadores; os dois que sobraram sairam pelas suas ações enroladas com a justiça. Mesmo assim não melhorou em nada. Parece que trocamos o diabo pela mãe dele.

O povo fora tecia suas intrigas, muito mais levados pela emoção que pensando em como ajudar os vereadores dentro da casa do povo a construirem projetos que tivessem um cunho comum. Dessa forma não iremos ajudar na vivência democrática, se estamos atrás de nossos interesses pessoais e de nossos grupos.

Porém a pressão desses primeiros dias de reunião da Câmara Municipal de Coari se faz necessário o ano todo. Quem sabe, pela via da pressão, eles compreendam que devem trabalhar para fazer valer o dinheiro que ganham. O município não pode ficar sustentando parasitas.

Quem dera se nossa presença fosse mais constante, se a novela não estivesse dentro do nosso projeto de vida diária, vida marcada, povo feliz.

Quem sabe um dia despertemos para nossa verdadeira força que temos dentro do sistema democrático, onde o voto é uma arma pouca usada ou melhor, pouco conhecida. Quem sabe um dia chegamos lá!