segunda-feira, 24 de maio de 2010



A ideia de criar a escola de pajés surgiu das conversas entre Wright e Alberto de Lima da Silva, 47, filho e aluno de “Mandu”. “A gente sentiu a necessidade de resgatar esses conhecimentos. O meu pai já está velho e os jovens precisam aprender essas coisas, senão a pajelança vai desaparecer”, diz Alberto.

O risco de “extinção” do xamanismo baniwa tem explicação. Durante quase 300 anos, missionários católicos e evangélicos proibiram os índios de praticar seus rituais. Os pajés praticamente desapareceram. Desde o início dos anos 90, porém, diversas etnias iniciaram um processo de revitalização e reforço étnico que, em Uapuí-Cachoeira, culminou com a construção da Malikai Dapana. Leia Mais.

Grande parte dos conhecimentos tradicionais da Amazôia já desaparecem com o tempo. Esse desaparecimento não foi querido ou voluntário e nem pela práopria dos amazônidas e sim de forma violenta.

Foram milhares de anos para construirmos um conhecimento que estamos vendo desaparecer nesses últimos 500 anos e de maneira mais acelerada nos últimos 30 anos. Conhecimento fundido entre as pessoas e a floresta. Tão importante para a humanidade como as descobertas feitas em laboratórios.

É louvável a atitude do povo do Rio Negro em abrir a escola dos pajés, vai de encontro a uma sociedade consumista que acredita que somente médicos e remédios, todos movidos a dinheiro, são capazes de curar!

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