Na Garupa do rabeta
No post anterior, alguém comentou que o motoqueiro portador de um diploma superior, poderá dar uma melhor qualidade neste tipo de serviço. Não sei se isso conta, pode ser que sim, pode ser que não. Um atendimento de qualidade o que mais precisa é da sensibilidade de quem faz o trabalho. Perceber que prestar um serviço de melhor qualidade cria relações afetivas e efetivas com a clientela.
E essas qualidades humanas não estão incluídas nos currículos dos cursos superiores!
Nesses últimos 50 anos o mundo do ensino superior vem sofrendo progressivamente com a retirada dos currículos de disciplinas com enfoque nas questões humanas.
No Brasil o golpe de 64, dado pelos militares, foi também um golpe na área de humanas. Não me refiro aqui aos cursos que formam a “Área Humana”, que se contrapõe a “Área Exata”. Mais em disciplinas que formam o ser humano num caminho da sensibilidade. Coloquemos aqui a título de exemplo a música e o teatro.
Eles perceberam que quanto maior é a formação humana da pessoa, maior a sensibilidade para a liberdade. E ditadura não combina com liberdade ou vice-versa.
O objetivo era formar a pessoa com uma visão de mundo afunilada, pequena, quanto menor, melhor. Foi um golpe de metralhadora na construção cultural de quem fazia um curso superior.
Com a queda do “Muro de Berlim” em 1989, o mundo se voltou para uma economia capitalista de alto consumo, consumir por consumir; fazendo do mercado um deus e nós seus fiéis seguidores, quem não está dentro desse mercado consumista, não existe.
Alguns economistas parafraseando o filósofo Descartes, do “penso, logo existo”; definem o momento histórico que vivemos, como o do “consumo, logo existo”.
As empresas, donas desse estilo de vida e imprimindo o crescimento dos mercados de grandes países, carregou consigo o mundo do estudo e da pesquisa; logo, o objetivo das universidades é de formar o profissional para o mercado de trabalho,se ele pensa ou não, isso é uma outra história. Por isso, questionar, se inquietar por um mundo mais humano, nem pensar, se ele pensa um mundo fora daquele que ganhar para consumir.
Mesmo tendo a ONU estabelecido como princípios da educação:
1. Aprender a fazer;
2. Aprender a aprender;
3. Aprender a ser.
Princípios que não são levados em conta pelo mercado de trabalho. Seu único interesse é que o indivíduo saiba fazer algo que os outros possam consumir.
Esse outro golpe, de forma suave, afunila mais ainda o mundo educacional e cultural do ensino superior. Cada um sabe cada vez mais de um mundo cada vez menor.
Outros dois fatores vieram somar a estes e contribuir para a atual situação educação superior, a chegada das universidades particulares com força total, pois educação é um mercado de muito lucro e a pouca bagagem educacional e cultural que o aluno carrega consigo quando chega a universidade.
Voltando ao começo, porque é desse modo que o mundo universitário encontra Coari e mais ainda. O mais ainda vem de uma educação fraca que os alunos recebem desde os primeiros anos de sua educação, até sua chegada a universidade.
Tenho frequentado razoalmente a UFAM - Campus Coari e sinto um clima de esforço e dedicação de todos; seja do corpo docente, que tem se esforçado com unhas e dentes para dar o melhor deles, como também do alunos (corpo discente) para aprender e responder ao que lhes é exigido.
Mais é só uma minoria de alunos que tenta correr atrás do prejuízo deixado pela educação recebida até sua chegada a universidade; grande maioria estuda para passar nas disciplinas e nada mais.
Mais o problema maior para os universitários de hoje é onde vão trabalhar depois de formados? O mercado de trabalho em geral dentro do nosso estado não absorve o número dos que se formam nessa área em Manaus, quanto mais os do interior. Depois nosso município não está construindo estruturas geradoras de rendas e nem postos de trabalho, onde esses jovens poderão transformar o conhecimento aprendido nos anos de estudos na universidade em capital para viverem da melhor forma possível.
Mais o rabeta segue sua viagem e o tempo ainda vai dizer muita coisa!
E essas qualidades humanas não estão incluídas nos currículos dos cursos superiores!
Nesses últimos 50 anos o mundo do ensino superior vem sofrendo progressivamente com a retirada dos currículos de disciplinas com enfoque nas questões humanas.
No Brasil o golpe de 64, dado pelos militares, foi também um golpe na área de humanas. Não me refiro aqui aos cursos que formam a “Área Humana”, que se contrapõe a “Área Exata”. Mais em disciplinas que formam o ser humano num caminho da sensibilidade. Coloquemos aqui a título de exemplo a música e o teatro.
Eles perceberam que quanto maior é a formação humana da pessoa, maior a sensibilidade para a liberdade. E ditadura não combina com liberdade ou vice-versa.
O objetivo era formar a pessoa com uma visão de mundo afunilada, pequena, quanto menor, melhor. Foi um golpe de metralhadora na construção cultural de quem fazia um curso superior.
Com a queda do “Muro de Berlim” em 1989, o mundo se voltou para uma economia capitalista de alto consumo, consumir por consumir; fazendo do mercado um deus e nós seus fiéis seguidores, quem não está dentro desse mercado consumista, não existe.
Alguns economistas parafraseando o filósofo Descartes, do “penso, logo existo”; definem o momento histórico que vivemos, como o do “consumo, logo existo”.
As empresas, donas desse estilo de vida e imprimindo o crescimento dos mercados de grandes países, carregou consigo o mundo do estudo e da pesquisa; logo, o objetivo das universidades é de formar o profissional para o mercado de trabalho,se ele pensa ou não, isso é uma outra história. Por isso, questionar, se inquietar por um mundo mais humano, nem pensar, se ele pensa um mundo fora daquele que ganhar para consumir.
Mesmo tendo a ONU estabelecido como princípios da educação:
1. Aprender a fazer;
2. Aprender a aprender;
3. Aprender a ser.
Princípios que não são levados em conta pelo mercado de trabalho. Seu único interesse é que o indivíduo saiba fazer algo que os outros possam consumir.
Esse outro golpe, de forma suave, afunila mais ainda o mundo educacional e cultural do ensino superior. Cada um sabe cada vez mais de um mundo cada vez menor.
Outros dois fatores vieram somar a estes e contribuir para a atual situação educação superior, a chegada das universidades particulares com força total, pois educação é um mercado de muito lucro e a pouca bagagem educacional e cultural que o aluno carrega consigo quando chega a universidade.
Voltando ao começo, porque é desse modo que o mundo universitário encontra Coari e mais ainda. O mais ainda vem de uma educação fraca que os alunos recebem desde os primeiros anos de sua educação, até sua chegada a universidade.
Tenho frequentado razoalmente a UFAM - Campus Coari e sinto um clima de esforço e dedicação de todos; seja do corpo docente, que tem se esforçado com unhas e dentes para dar o melhor deles, como também do alunos (corpo discente) para aprender e responder ao que lhes é exigido.
Mais é só uma minoria de alunos que tenta correr atrás do prejuízo deixado pela educação recebida até sua chegada a universidade; grande maioria estuda para passar nas disciplinas e nada mais.
Mais o problema maior para os universitários de hoje é onde vão trabalhar depois de formados? O mercado de trabalho em geral dentro do nosso estado não absorve o número dos que se formam nessa área em Manaus, quanto mais os do interior. Depois nosso município não está construindo estruturas geradoras de rendas e nem postos de trabalho, onde esses jovens poderão transformar o conhecimento aprendido nos anos de estudos na universidade em capital para viverem da melhor forma possível.
Mais o rabeta segue sua viagem e o tempo ainda vai dizer muita coisa!
Um comentário:
Assunto interessante esse que voce postou, um pouco deprimente confesso.Porém, ainda acredito em dias melhores, ainda acredito na humanidade apesar do que se mostra. Acredito que quando o povo quer, ele pode pode fazer acontecer,tenho como base alguns exemplos: Mandela abriu as potas da Africa do Sul e o mundo passou a conhecer o apartheid,Paulo Freire revolucionou a educação através do Construtivismo e há alguns anos um operário se tornou presidente do Brasil. Portanto, as coisa ainda podem mudar.
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