quarta-feira, 18 de agosto de 2010

Nas terras de Jurupari

O verão está lindo, forte como ele só. É um tempo que adoro do nosso mundo amazônico. Não sei porque reclamamos tanto do calor, já devíamos está acostumados e saber que aqui é assim mesmo e que bom. Como o sol podemos fazer de um tudo, já com a chuva, nem tudo.

Não consigo entender pessoas que nasceram aqui, no forte sol do verão e já vão com a idade avançada e parecem não estarem acostumadas com a força do astro rei e reclamam do calor. Como está quente hoje, depois de terem vividos milhares de dias como esses!

Nada melhor nesse tempo que ficar de molho numa corrente de águas frias. Igarapé, rio ou lago, qualquer um serve. Agora, nesses dias, o forte sol vai nos empurrar para nossas origens. Não é atoa que muitos estudiosos de fora, estrangeiros, nos conhecem como povo anfíbio. E não é por acaso que eles tem razão.

Depois de uma semana sufocados pelo trabalho e stressados pela ansiedade de viver numa cidade onde a esperança de melhorar a qualidade de vida se esvai como as águas do verão; o melhor é fugir para algum refúgio que traga no mínimo um refrigério para o corpo. E a combinação perfeita é de água com areia.

E assim os coarienses já na sexta começam a fugir para um lugar ao sol, à sombra e a água fresca. Lugares melhores não há nos arredores da terra do gás e do petróleo que o Jurupari e a freguesia. E nesses lugares dos deuses se armam as redes para tirar de dentro os maus espíritos que nos rondam a cada dia.

Acordar cedo ao canto da natureza, sentir o seu sabor. Levantar e colocar os pés na areia fria da manhã. Olhar as águas de um negro azul, é encher a alma e ter quase a certeza de está na morada dos deuses, no paraíso.

O triste é chegar no fim da tarde de domingo e ter o sol se pondo como testemunho, e ter que dessamar a rede e levantar, partir, retornar a vida, doce e dura vida. Rapadura!

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