sexta-feira, 24 de junho de 2011

Não tem santo que dê jeito

Em 1998 fui morar em Manaus e no fim do ano, comemoramos eu e umas dúzias de primos e primas o aniversário de uma das mais queridas tias da família. Nesse ano ela fazia 65 anos de idade e continuava solteira.

Dei a ela de presente um Santo Antônio. Foi o assunto da festa. Todos na maior alegria diziam que agora ela iria desencalhar. O santo é forte.

No ano seguinte, partiu para uma viagem de grupo no sul do Brasil. Durante todo o percurso foi paquerada por um senhor que tinha atravessado os 72 anos. Foi o primeiro sinal de Santo Antônio.

Quando retornou de viagem, tinha uma nova família morando numa rua perto de seu beco em Manaus, um dos filhos da família, motorista particular, desses que tem carro e transporta conhecidos, principalmente idosos, para supermercados e hospitais, ambulatórios e passeios; se encantou com os encantos da coroa. Não deu outra, paquera. Mais um sinal de Santo Antônio.

Santo forte e do bom, mandou um de 72 e outro com a metade da idade, 36. A tia quase pira. Os primos se divertiram da história. Ninguém duvida mais do Santo!


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Esse ano na festa de Santo Antônio, padroeiro da Comunidade do Lauro Sodré, a comitiva do atual grupo que está com a chave do cofre milionário da terra do gás e do petróleo se fez presente na festa. Todos ao pé do Santo. Todos pedindo o milagre - "que aprendessem administrar o município e que ganhem a próxima eleição".

Esqueceram que o santo é o santo casamenteiro e não o santo das causas impossíveis!

Um comentário:

Anônimo disse...

A comunidade de Lauro Sodré à vários anos sofre com problema de energia de elétrica, enquanto que no Morituba, uma comunidade vizinha q pertence a codajás a energia funciona 24 horas por dia. Lauro Sodré é uma das maiores comunidades rurais de coari, mas ainda continua no escuro. Só tem energia quando tem festa.