segunda-feira, 22 de agosto de 2011

O Silêncio é o que vai restar

"Outrora eu era de aqui e hoje regresso ao estrangeiro. Forasteiros do que vejo e ouço".

Esse verso na voz de Maria Betânia, ouvido uma infinidade de vezes nesses dias que estive em Coari. Foi sentimento mais forte que senti ao desembar na terra onde plantado está boa parte de minha história.

Foram quase cinco dias de um calor natural e do povo que vive de teimoso, insiste contra toda desesperança. Na esperança esperante segue colhendo as migalhas caídas das fartas mesas dos que se deliciam das infinitas riquezas que o gás e o petróleo deixam no município. Infelizmente uma pequena minoria.

Vendo o povo embaixo de um sol escaldante tentando encher seu tanque de gasolina, combustível para procurar e avançar para o nada, guiados pela força da ambição pelo dinheiro e pelo poder. Até quando?

Talvez os bêbados do centro da cidade possam dizer algo novo; no seu eterno porre queiram ser esquecidos num mundo que se esfumaça nesse cálice de vinho tinto de sangue; de sangue e de miséria numa realidade milionária.

Queria gritar um grito desunamo, que quem sabe seria uma maneira de ser escutado. Quem sabe se não é o silêncio a melhor palavra. A maior dor é ver que o silêncio aceita que as vidas sejam tragadas, moídas como o gelo no liquidificador.

7 comentários:

Anônimo disse...

Amigo Padre; Gostaria que o DR.Mauricio Borborema falasse a verdade e dicesse da onde vei o dinheira para a recuperação daquele prédio que estão denominado de POLICLINICA,a VERBA federal que estar entrando em Coari, não estar sendo divulgada. e ele que é do PT, o partido da presidente Dilma deveria fazer esse favor horroso. Mesma coisa digo para a SEC. de Educação, Selionete Guimarães de onde veio aquelelas lanchas,FNDE DE NOVO recursos do governo Federal. Aqui em Coari esse Prefeitinho só vai de Carona. eta povo de Deus.

Anônimo disse...

Oi Zé,quando você diz (está boa parte da minha historia) me faz lembrar que aqui nesta cidade tambem esta boa parte da minha historia, pois moro em Coari desde sempre, e nunca vi o quanto nossa Coari esta a mercer, sabe Zé hoje eu não tinha um centavo para comprar um kilo de açucar para adoçar meu café e dos meus filhos, sebe porque, porque quando recebe meu salario de professora o banco tinha comido juros do meu emprestimo que tive que fazer para pagar os exames do meu filho. Sem falar da taberna que ja estava atrassada, enclusivel a taberna era da mae da secretaria de EDUCAÇÃO, a qual tanto pregou discurso falços. Sabe padre ontem eu fiquei extramamente triste em ver meu filho pedindo um carrinho de cinco reais e eu não tinha para comprar, ja só professora há um tempo em Coari e ja fazia muito tempo que o professor não era tão desvalorizado como está hoje. O silencio, a falta de iniciativa e o desespero esta envadindo as familias em Coari, pena que infelizmente um municipio tão rico, tao poderoso somente a menoria esta sendo previlegiada e grande parte da população estão sim comendo migalhas....

Luiz Augusto Barbosa Machado disse...

Um dos seus melhores posts padre.Parabéns nossa cidade está abandonada....Parabéns grande filosofia.

Agamenon Silva disse...

A exasperação de vossa senhoria neste post,é um sinal bem cristalino da falta de compromisso de um governo sem vergonha,e que parece debochar de nosssa gente. Fizeram aquela pirotecnia na chegado do impudente,deram milhares de litros de gasolina,e quem vai pagar essa gasolina é o povo,pois nunca vi na história recente de Coari um prefeito com uma popularidade tão baixa,querer a ferro e fogo que o povo o siga,isso só é possível assim como foi,ou seja,conrrompendo os mototaxistas, e obrigando os professores da rede municipal a ir e levar as crianças ,como vossa senhoria bem disse debaixo de um sol escaldante,com direito a atraso proposital é lógico da chegada do homem de alma burlesca. Coari chora por ter um homem à frente de um governo que só envergonha seu povo,vosso texto é filosófico,profundo ou outros adjetivos que alguém queira lhe atribuir,não é só vossa senhoria que se sente estrangeiro em sua própria terra natal,eu e milhares de pessoas em Coari estamos à margem dos benefícios que um bom orçamento anual pode nos proporcionar,uma boa saúde,educação de primeira,boms serviços socias,abastecimento, cultura(não só fazer eventos como aqueles dois parvajolas da secretaria de cultura). Observar tudo o que está acontecendo, e ainda ter que ouvi certos taroucos que insistem em defender o tal macanjo,é se sentir estrangeiro em sua própria terra, não condeno o povo,apenas sei que é uma vítima de uma ambição desmedida,que o prefeito aldrabista massacra com essa política perversa de circo sem pão. Hoje se ver muito em Coari gente que outrora discursava em prol do polvo,e que tão só chegar lá viraram as costas,como que se fosse uma vingânça a quem os colocou , se sente estrangeiro,porque quando se precisa do hospital,o atendeimento é péssimo,falta médicos especialistas,e somos uma cidade milhonária,se sente estrangeiro quando nos deparamos com uma educação comandada pelos “Paulos Freires de Coari” sendo literalmente ASSASSINADA,e comandada por um ser humano que hoje é sinônimo de hipocresia,se sente estrangeiro,quando andamos nas ruas de Coari e as crateras existentes danificam nossas motos e carros,nem parece que temos o orçamento milhonário,se sente estrangeiro quando vai ao mercado municipal e ver a tremenda falta de respeito com a população com o preço do peixa maior do que o da carne,sendo Coari uma cidade referência no Amazonas,pois temos três grandes lagos a nos fornecer peixe em abundância(falando em mercado uma bagunça total,carne de animais silvestres sendo vendidos na pedra,quelônios também um horror,dando uma cararcterística de cidade sem lei e organização)se sente estrangeiro com uma violência assustadora que cresce a cada dia,tráfico de drogas em alta em Coari,famílias sendo ceifadas por conta de tanta droga circulando na cidade, estamos virando uma Babilônia,se sente estrangeiro quando se ver funcionários com três meses de salários atrasados. Quando tomamos posição contrária a tudo de errado da administração Mitosiana,os asseclas nos faz sentir mais estrangeiros ainda. Estamos vivendo dias de muitas falácias na administração pública,e que o dono do ouro (o prefeito)se armou no passado de mentiras e continua com a mesma prática,para tentar se manter no poder,seu governo é uma fraude, e fraude é coisa efêmera e logo se desfaz,a única coisa perene desse governo é incompetência,essa irá perdurar por muitos anos na mente do povo. É padre vossa senhoria não está só,nós os outros mortais coarienses também estamos nos sentindo estrangeiro em nossa própria terra natal.

Paulo Araújo disse...

Padre lendo este seu belíssimo post, digo o seguinte. Nossos pobres hoje são os que calam. Mas me pergunto nesse momento. Porque Calam?
Muitos, por que simplesmente estão cansados de correr, chorar, gritar, agonizar e simplesmente não vêem resultados, não são ouvidos nem vistos, pois para os que usufruem de toda a riqueza da terra do gás e do petróleo é simplesmente mais um miserável que adoece, passa fome, mora na rua, é assassinado ou preso, para eles nem como gente são caracterizados. Eis por que nossa maioria cala-se.


EIS AI UM POUCO DA TRISTE
REALIDADE COARIENSE.
Coari, rica por natureza, mas pobre pela esperteza
Coari considerada a cidade mais bela. Mas tal beleza eu nunca vi.
Pois a tendência dos “grandes” aqui é levar Coari a diminuir.
O pensamento de todos, é apenas dividir,
O orçamento riquíssimo, que mensalmente entra aqui.

A turma da mamadeira deveriam nos orgulhar.
Pois foi com o apoio de todos que foram postos lá,
Porém o único sentimento que podemos abraçar,
É a triste realidade, de nos envergonhar.
Pois a ambição e a esperteza, não os deixam trabalhar.

Como cidadão coariense, tudo isso me deixa doente
Por ver pessoas com tanta ambição, e sem coração como essa gente.
Deveríamos sentir orgulho por Coari, se não víssemos esta corja de ladrões presente aqui.

A realidade de morte, e fome, de todas são as mais revoltantes,
E não deveriam entrar na cabeça de seres pensantes,
E é triste perceber um ser que raciocina, permitindo tal chacina.

O hospital regional da cidade, através da TV, do rádio e da internet, tornou-se o melhor da região norte,
Mais o que presenciamos cotidianamente, é o descaso e a triste realidade de morte.
Portanto. Coari não é tudo o que parece ser,
Meu caro amigo leitor, só vendo pra você crê,
E lhe garanto que não é de hoje que já deu pra perceber.
Só Deus por esse povo. Que enquanto isso continua na salsicha e ovo,
Enquanto a minoria que deveriam olhar por ele, estão de carro e apartamento novo.

Paulo Araújo
Acadêmico em filosofia

Anônimo disse...

Paulo parabéns pela sua cronica, tudo que você colocou é a pura verdade.

Anônimo disse...

Os caras são tão energuminos que usam grandes parte do recurso do município pra tentar vender uma imagem de um governo falido. É muita incompetência seu padre, mas dizem os sábios, Deus cochila,mas não dorme!