Temos uma forte ligação com nosso mundo das águas, alguns pesquisadores nos definem como seres anfíbios, povos das águas. Isso não é por acaso, uma vez que habitamos um planeta líquido e nossas relações com nossa bacia hidrográfica vai além da econômica, espaço gerador de uma economia tanto familiar como empresarias; porém, também nela habitam seres espirituais que moram em nosso imaginário religioso.
Mexer com a água é mexer com cadeias de vida que estão ligadas a nós por elos da nossa vida. Elos econômico, afetivo e espiritual. E desestruturar espaços d'água é atacar um mundo que foge nossa razão. Infelizmente em nome do desenvolvimento e da economia estamos destruindo espaços de vida, sem levar em conta economias menores, lagadas a famílias pobres.
Nós coarienses matando nossos igarapés, estamos nos especializando em assassinar ás águas. Começamos matando o Igarapé de São Pedro, enterramos a área que é a feira e a um pedaço da rua dois de dezembro e cinco de setembro, o igarapé tinha suas "cabeceieras" perto do grupo Kennedy. Suas águas ainda insistem em subir, invade as casas dos moradores que insistem em matá-lo jogando lixo nele. Uma luta que ambos sofrem, o Igarapé e as pessoas que vivem as suas margens e sobre ele.
Depois atacamos o Igarapé do Espírito Santo, começamos aterrando para fazer a "ponte" que nos liga a Chagas Aguiar; em seguida veio o aterro do contorno, o maior de todos; por último o aterro perto da UEA. Isso sem contar em seus vários braços braços, semi-mortos. Suas "cabeceiras depois do aterro da universidade está perto de entrar em colapso. De quebra atacamos o Inambú, foi dois aterros, um na vertical e o outro na horizontal, golpeis fatais.
Atualmente estamos trabalhando para matar os Igarapés do Buquará e o do Pêra. O Igarapé do Buquará está sofrendo de ponta a ponta, de suas "cabeceiras" até o lago. São diversos os empreendimentos em suas margens e na área do bairro do Ciganópolis as construções de casas seguem de qualquer jeito e quando está cheio tiram varas para usarem em construções de lajes; quando seco metem fogo, as caieiras jorram fumaça em sua floresta que se afoga, sufoca com o calor. Sua morte será só uma questão de tempo.
Já no Igarapé do Pêra, estamos construindo uma ponte de barro, tecnologia atrasada e confirmada que não faz bem as águas. Será a morte da mata ciliar, alimento dos peixes que a base de pescadores artesanais, parte da economia familiar de muita gente!
Só gostaria de saber onde os botos vão namorar e irão morar os habitantes das cidades encantadas?
Obs.: respondendo ao Prof. Alves - eu e nem os demais coarienses estamos contra a contrução da Ponte do Pêra; o que não aprovamos são os aterros. E só dar uma olhada na foto que ilustra esse post e perceber que praticamente 90% da obra é aterro. A foto está no site da prefeitura, logo, supõe-se que foi feita do projeto que os engenheiros construiram. Não fui eu quem a inventei ou montei!
12 comentários:
Olá padre amigo!
a ponte de barro do aterro igarapé do pera é algo vergonhoso e criminal.
esse governo inlegal, com a assinatura do Sr. sec. de Obras (Cleomir)e o sec. de meio ambiente(ROMÃO)SÃO tambem responsavie por mais esse crime. é crime contra a natureza. e não se mexe com a mãe natureza.
o homem provoca sua propria desgraça.
Fora grupo do poste.
Padre Zezinho, concordo em parte com suas colocações, mas de quem é a culpa? Nossa ou dos governantes?
O que chamamos de progresso tras benefícios e malefícios, eis a questão.
Por outro lado, quanto a Ponte do Pera, qual seria a alternativa sugerida pelo Santo Padre?
Vejo que a sugestão do nosso Reverendo é que o Prefeito Arnaldo não tirasse o Pera do isolamento e continuasse colocando vidas em jogo atravessando em canoas ou numa ponte velha de madeira, por exemplo: a ponte que derrubou o ex- senador Artur Neto.
Padre Zezinho, o senhor que conhece bem a história de Coari/AM, faça como eu, use o bom senso e apluda essa medida corajosa do Prefeito Arnaldo, contando com ajuda de Deus, que faça a ponte do Pera e tire o povo do isolamento.
Um Abraço carinoso.
Realmente é uma vergonha. Em pleno século 21, a era da tecnologia de ponta avançadissima e em Coari os governantes ainda continuam fazendo aterros no igarapés de nossa cidade. Para ilustrar este comentário eu lembro que em 1981 quando eu tinha entre meus 11 ou 12 de idade, juntamente com meus primos e primas costumavamos tomar banho nas águas do igarapé do Espirito Santo, ou como diziamos pular n'água. hoje está quase impossivel pois suas águas estão totalmente poluidas. Eu não sou engenheiro civil, sou apenas um simples e humilde professor, mas sei que qualquer pessoa de bom senso jamais faria aterros em igarapés porque isso além de polui-los, também os matam e com suas mortes todos os demais seres que dependem de água. precisamos acabar com esses crimes urgentemente. temos que começar a fazer pontes de estrutura armada isso é prático e muito mais em conta, ou seja, mais barato em todos os sentidos.Agora o igarapé da vez é o do Pêra, precisamos dar um basta nisso!Um abraço seu padre!
Meu amigo pelo menos isso esse prefeito vai fazer pq estão mexedo demais no dinheiro da prefeitura. Esses prefeito acho que á prefeitura e dele, ser acho dono DOR dinheiro do povo abri olho favor pare de mexe no dinheiro do povo.
Assinado-FIO=
FIO DA....E O FESSOR ALVES
sÃO MESMO DOIS PERSONAGENS QUE NÃO SABEM O QUE FALAM.
sENHORES NÃO SE MEXE DE TAL MANEIRA COM A MÃE NATUREZA.
O ATERRO DO IGARAPÉ DO PERA, É ALGO CRIMINAL E BESTIAL DA TIRANIA.
ESSE GOVERNO É UM IRREPONSAVEL.
As leis de crimes ambientais mais uma vez ainda não se fez VALER na terra do GÁS. tAMBEM SEUS ACESSORES E SEC. SÃO TODOS DESAPROVADOS POR TODOS...
TADINHO DO FESSOR ALVES DA DESEMPREGADO E AINDA CONTINUA PUXANDO SACO DESSE PREFEITINHO SEM FUTURO. KD A OUVIDORIA? ALGUMA PESSOA FOI OUVIDA NESSA SEC. INOPERANTE...
Isso é um absurdo!
Não se pode condenar um projeto sem conhecimento de causa.
Meu amado Santo Padre dos Ribeirinhos essa foto é virtual e o senhor sabe disso. Aliás, qualquer leigo percebe que a foto é virtual. Venha a Coari/AM, e se solidarize com esse acontecimento que já foi licenciado pelo IPAAM, pois se algo tivesse errado o órgão ambiental responsável pelo licenciamento teria condenado o projeto.
Vejo que em alguns comentários e no próprio texto a preferencia pelo isolamento de um bairro com mais de 10 mil pessoas jogando lixo nas ruas ou no próprio igarapé, de que vê esse lixo sendo diariamente recolhido pelo pessoal da limpeza pública. Pelo visto, vejo também que algumas pessoas querem que o morador do Pera se lasque todo carregando doente nas costas até as canoas para atravessar o igarapé, para depois ser conduzido pela ambulância ao hospital. Isso eu chamo de absurdo.
Um abraço do seu fã.
Prezado padre, sou engenheiro civil, engenheiro eletricista além de ter outras formações. Porém, não é necessário ter nenhuma destas formações para perceber que esta obra é mais um dos crimes que vem sendo praticado em Coari. Só que desta vez não é contra a vida humana e sim contra o que a natureza levou milhões de anos para criar.
Eu também sou professor e esta, é uma profissão que não nos permite sermos demagogos, hipócritas, idiotas e/ou imbecis, pois trabalhamos com a formação e qualificação de pessoas e essa formação, além do desenvolvimento dos conhecimentos específicos, passa também pelo desenvolvimento do censo critico que permite às pessoas avaliar determinadas situações, atos e/ou comportamentos considerando apenas os fatos quando a sua legalidade, moralidade, probidade, justiça, etc. e não sobre a ótica da defesa apenas dos seus interesses pessoais e/ou de outrem.
Segundo foi divulgado em outro blog, apenas nos meses de novembro e dezembro do ano passado, a prefeitura de Coari recebeu mais de 30 milhões. Acredito que desde o inicio do governo do atual prefeito, a prefeitura já recebeu mais de 300 milhões. Então eu pergunto: aonde foi parar todo o dinheiro do povo de Coari recebido pela prefeitura desde o inicio deste governo? De todo o dinheiro recebido pela prefeitura, será que não sobrou nenhum tostão para a construção de uma ponte dessente que desse continuidade a vida desse igarapé e as vidas proporcionadas por ele, além de dar a dignidade merecida ao povo que habita no pêra?.
Usar o povo do pêra como vitima, além de crime, é no mínimo demagogia e falta de bom senso por parte daqueles que, pela conquista de votos, fazem qualquer negocio, inclusive tratam aquele povo como crianças, como manada e como massa de manobra por meio da manipulação de seus sentimentos e opiniões. É importante que o povo do pêra não se deixe ser enganado pela construção de uma obra criminosa que só começou a ser construída justamente no ano de eleição e com o único objetivo da conquista de seus votos. É importante que o povo do pêra saiba que todos, inclusive eles, têm direitos e deveres e que qualquer obra construída por qualquer que seja o prefeito, NÃO É FAVOR, É OBRIGAÇÃO. Afinal de contas o dinheiro usado para a construção de qualquer obra não é do prefeito do momento e sim é dinheiro do povo que é recolhido por maio dos impostos municipais, estaduais e federais.
Cordialmente,
Ayres Mardem
Com 45 minutos do segundo tempo o fessor Alves vem com a conversa mole de que a foto virtual da ponte é normal...
Só pra lembrar aos navegantes; AQUELE OUTRO PREFEITINHO TAMBEM COMERCIALIZOU UMA FOTO VIRTUAL DURANTE ANOS...
Tods nós sabemos que para eles é só no virtual.
palhaçada essa novela VIRTUAL...
O POVO DA CHEIO DO ABSTRATO E DO VIRTUAL...
Na realidade... vai tudi terminar em lama, é a lama é a lama....
ponte de barro não suportará a furia da natureza...
e o que o fessor alves diz do ramal que liga o bairro do pera? pra mim é um outro crime ambiental.
o que mais o bairro do pera tem agora é ligação para o lado de cá do equador...
NA NATUREZA TUDO SE RENOVA... VAMOS FAZER DESTE ATERRO UMA BARRAGEM PARA CRIAÇÃO DE PEIXE E MATAR A FOME DO POVO.
Prezado padre Francisco,
Lamentavelmente, a maior fome pela qual passa o povo coariense é a fome de justiça. O município de Coari é um dos maiores do mundo e nele, pode ser encontrado muitos lagos e rios. Todos estes lagos e rios não foram até hoje utilizados para a criação natural de peixes para saciar a fome do povo. Só a hipocrisia má informada e má intencionado poderia achar que um simples lago artificial fruto de uma estupidez poderia servir para matar a fome de alguém.
Ayres Mardem
Para realizar esse assoreamento no igarapé do Pera, não foi feito um estudo, relatório de impacto ambiental. Era preciso a avaliação de uma equipe multidisciplinar para tal liberação desse crime ambiental.
É impressionante como o professor Alves regrediu com o tempo e tornou-se hipócrita. Seu senso crítico hoje é um emaranhado de palavras sem nexo e sem razão. Na verdade o vejo sem perspectiva e alienado, distante da realidade e da evolução que o homem da era da informação e do conhecimento vem provando.
Achar esse aterro que andam chamando de obra, "um grande feito" é o mesmo que está preso na vã filosofia do " mito da caverna". Infelismente, uma boa parcela do meu querido povo de Coari ainda não conseguiu sair das sombras das mentirosas promessas políticas à observação dos fatos reais, estando diligente diante de tudo aquilo que se realiza.
A partir do momento que deixarmos de ter lados políticos e passarmos a exercer nosso direito de cidadão, certamente essa nossa cidade passará a viver dias de glória e desenvolvimento. Coari pela sua posição econômica/financeira dentro do estado do amazonas merece ter o melhor. Uma ponte decente que respeite o meio ambiente e contruída dentro dos padrões modernos de arquitetura e urbanismo certamente deixaria o povo sofrido do Pêra mais feliz e orgulhosos.
Esse amontoado de barro que sedimentam hoje nas margens do igarapé é nada mais nada menos que o retrato da incompetência administrativa dos gestores, se é que podemos assim chamá-los. Nosso povo merece algo melhor!!!! Se houvesse vergonha nos político da nossa terra e se os recursos financeiros que são direcionados ao município fossem aplicados decentemente onde deveriam ser, teríamos não só uma ponte pra nos orgulharmos mas todo um conjunto de melhorias para o povo da nossa terra.
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