quinta-feira, 22 de março de 2012

Amazônia - Planeta Água


Hoje, 22 de março, comemoramos o "Dia Mundial da Ãgua". A Amazônia é a Pátria Líquida do planeta água. A água é uma presença exuberante e essencial no clima tropical do bioma amazônico. O sistema fluvial Ucayalli-Solimões-Amazonas representa o mais extenso rio do mundo, com 6.671Km; a bacia hidrográfica do rio amazonas é constituída por cerca de 1.100 rios. O rio Amazonas joga no Oceano Atlântico entre 200 a 220 Mil metros cúbicos de água por segundo, o que representa 15,5% de toda a água doce que entra diaramente nos ocenaos.

A relação do homem amazônico com água ultrapassa as dimensões de grandeza e quantidade. Pela nossa ligação com o líquido precioso, somos seres anfíbios. Nela nascemos e dependemos dela para muitas ciosas. Nosso mundo líquido é nossa maior fonte de alimentos e nossos rios são nossas estradas.

O "Dia Mundial da Água" quer nos alertar para o modo que estamos usando e cuidando da água e sua importância e seu valor para o ser humano.Todas as pesquisas mostram que o Brasil não está cuidando de suas águas como deveria e que está cada vez mais cara a água na cidade, uma garrafinha de 250ml pode chegar a custar R$ 2,50 em alguns lugares, isso quer dizer R$ 10,00 um litro. Um litro d'água vale mais que três litros de gasolina.


Nós coarienses nos especializando em matar nossas fontes d'água. Post aqui um texto que escrevi dois meses atrás:

"Temos uma forte ligação com nosso mundo das águas, alguns pesquisadores nos definem como seres anfíbios, povos das águas. Isso não é por acaso, uma vez que habitamos um planeta líquido e nossas relações com nossa bacia hidrográfica vai além da econômica, espaço gerador de uma economia tanto familiar como empresarias; porém, também nela habitam seres espirituais que moram em nosso imaginário religioso.

Mexer com a água é mexer com cadeias de vida que estão ligadas a nós por elos da nossa vida. Elos econômico, afetivo e espiritual. E desestruturar espaços d'água é atacar um mundo que foge nossa razão. Infelizmente em nome do desenvolvimento e da economia estamos destruindo espaços de vida, sem levar em conta economias menores, ligadas a famílias pobres.

Nós coarienses matando nossos igarapés, estamos nos especializando em assassinar ás águas. Começamos matando o Igarapé de São Pedro, enterramos a área que é a feira e a um pedaço da rua dois de dezembro e cinco de setembro, o igarapé tinha suas "cabeceieras" perto do grupo Kennedy. Suas águas ainda insistem em subir, invade as casas dos moradores que insistem em matá-lo jogando lixo nele. Uma luta que ambos sofrem, o Igarapé e as pessoas que vivem as suas margens e sobre ele.

Depois atacamos o Igarapé do Espírito Santo, começamos aterrando para fazer a "ponte" que nos liga a Chagas Aguiar; em seguida veio o aterro do contorno, o maior de todos; por último o aterro perto da UEA. Isso sem contar em seus vários braços braços, semi-mortos. Suas "cabeceiras depois do aterro da universidade está perto de entrar em colapso. De quebra atacamos o Inambú, foi dois aterros, um na vertical e o outro na horizontal, golpeis fatais.

Atualmente estamos trabalhando para matar os Igarapés do Buquará e o do Pêra. O Igarapé do Buquará está sofrendo de ponta a ponta, de suas "cabeceiras" até o lago. São diversos os empreendimentos em suas margens e na área do bairro do Ciganópolis as construções de casas seguem de qualquer jeito e quando está cheio tiram varas para usarem em construções de lajes; quando seco metem fogo, as caieiras jorram fumaça em sua floresta que se afoga, sufoca com o calor. Sua morte será só uma questão de tempo.

Já no Igarapé do Pêra, estamos construindo uma ponte de barro, tecnologia atrasada e confirmada que não faz bem as águas. Será a morte da mata ciliar, alimento dos peixes que a base de pescadores artesanais, parte da economia familiar de muita gente!

Só gostaria de saber onde os botos vão namorar e irão morar os habitantes das cidades encantadas?"

4 comentários:

Anônimo disse...

SEM MORAL!

Mais uma vez a sec.de meio ambiente e turismo de coari não merece respeito por se manter omissa nas datas importantes para o meio ambiente. Nenhuma Ação em prol da preservação e conservação do meio ambiente no nosso municipio. ESSA SEC.inoperante não está e nunca realizou de fato uma ação capaz de se materializar em beneficios para a sustentabilidade local.

ONTEM DIA MUNIDAL DA ÁGUA NÃO SE FEZ UMA AÇÃO DE COSNCIENTIZAÇÃO.

O DESCASO COM NOSSAS ÁGUAS É MOTÓRIO, O DESCASO COM O IGARAPÉ DO PERA É UMA PROVA...
Meus descontentamento com as inoperancias dessa importante sec. se fosse usada realmente com eficácia...

NOTA "0".

Anônimo disse...

CADÊ JUSTIÇA PARA barrar a companha antecipada do ex: Prefeito pedofilo de coari Adail Espinheiro.

em coari pode tudo mesmo!

faroeste caboclo!

Carlos Henrique disse...

Infelizmente ainda não aprendemos a respeitar e valorizar nossas riquezas naturais, sabem por quê? Eu lhes digo; é porque somos seres imediatistas, queremos tudo pra agora, não pensamos no amanhã. Não podemos simplesmente explorar os recursos naturais que temos sem antes pensarmos em conservá-los. As grandes empresas que exploram as riquezas naturais, como a PETROBRAS, por exemplo, pelo que sei tem a preocupação de conservar a fauna e a flora, onde desmatam fazem o plantio ou replantio das arvores que precisaram cortar, é assim que temos que agir, de forma harmoniosa com a mãe natureza e não simplesmente matarmos por meio de aterros dos igarapés e fazermos deles depositos de lixos, principalmente lixo doméstico...O que eu sei seu padre e amigos leitores, daqui a poucos anos vamos continuar a ter muita água em nossa imensa amazonia, agora água potável e de qualidade vai ficar cada dia mais escassa, sabem por que? Por nossos rios e igarapés já estão quase todos poluídos... fiquemos atentos!!!

Professor ALVES de Coari/AM disse...

Mais de 60 metros.

O grande problema dos invejosos é a inveja, pois discutir assunto sem noção técnica é no mínimo coisa de fofoqueiro, e dizer que a Ponte do Pera é um aterro desconhece totalmente o que vem ser um aterro, até porque, só será aterro se toda extensão do Igarapé for realmente aterrada de uma ponta a outra. Quero aqui informar que a Ponte terá mais de 60 (sessenta metros) entre uma base a outra, e nesse espaço não terá aterro nenhum.

E eu pensei que com o Licenciamento Ambiental dado pelo órgão competente do Estado do Amazonas – IPAAM os fofoqueiros tinham parado de se incomodar com assuntos relevante e de interesse do povo de Coari/AM. Ora, transparece que os fofoqueiros querem, de forma ou de outra, não querer que o povo do Pera saia do isolamento.

Venhamos e convenhamos vocês que são contra a construção da Ponte Pera, querem a melhoria de Coari/AM?

Quanto ao Padre Zezinho, só tenho que lamentar quando escreve:

“Já no Igarapé do Pêra, estamos construindo uma ponte de barro, tecnologia atrasada e confirmada que não faz bem as águas. Será a morte da mata ciliar, alimento dos peixes que a base de pescadores artesanais, parte da economia familiar de muita gente!”

Assim Sua Santidade vai de águas a baixo, pois querendo deixar o povo do Pera no isolamento é no mínimo incoerente com suas pregações evangélicas.

Um abraço