terça-feira, 13 de março de 2012

O Regime das águas


Cai sobre Coari um dilúvio em forma de novelas, quase todos os dias uma chuvada, um capítulo. Toda essa chuvada no Vale Amazônico está sendo um indicativo de enchente grande. Os relatórios dos especialistas ainda deixam dúvidas se as águas alcançarão ou não os níveis das grandes cheias. Já os amazonidas, na convivência com a floresta, aprendem observando as águas; as andanças dos peixes, a altura onde os pássaros fazem seus ninhos nas árvores e afirmam com quase absoluta certeza que as águas subirão muito esse ano.

Uma enchente grande, causa imensos estragos na vida do povo. Os desafios gerados por ela são diversos. É dentro dessa lógica que o livro “O rio comanda a vida” tem sentido, pois, a força das águas desestrutura as organizações básicas, tanto das famílias, como das comunidades rurais e muito mais das cidades amazônicas; quase todas localizadas na beira d’água. A obra prima do escritor coariense Francisco Vasconcelos, “O regime das águas”, retrata a vida de uma família e de suas relações numa enchente; uma boa leitura para quem quer conhecer pela literatura a vida do povo amazônico.

O povo é expulso pela invasão líquida, que invade casas e plantações. As pessoas munidas de esperanças resistem e deixar o tapiri é a última ideia; só quando as águas estiverem quase cobrindo o telhado da casa. Enquanto se puder levantar o ‘assoalho’, ele vai subindo, subindo, no mesmo nível que as esperanças vão baixando, se apagando.

Em cada enchente grande, nossa área rural se esvazia e as periferias das cidades vão se enchendo. As casas são feitas em qualquer lugar, sem estruturas de saneamentos básicos, esgotos, água encanada e energia elétrica. É viver de qualquer jeito. É recomeçar praticamente com um único patrimônio, a esperança.

A enchente de 2009 foi a última grande enchente que tivemos na Amazônia, uma das maiores nesses últimos cem anos e deixou enormes prejuízos nos estados do norte. Muitas cidades foram inundadas totalmente. A terra do gás e do petróleo também soube o poder das forças das águas, com diversas ruas alagadas e com grande quantidade de pessoas da zona rural migrando em busca de um pedaço de terra, uma moradia enxuta. Foi um tempo de muita ‘pedição’; parecíamos uma cidade de mendigos.

São muitas as cidades da Amazônia que já estão sofrendo com a enchente atual. O governo começa a liberar “ajudas” para tentar amenizar o sofrimento do povo. É uma ajuda muito bem vinda. Sendo esse um ano eleitoral, os riscos de aparecerem aproveitadores da situação para faturarem votos, serão grandes. Os compradores de votos de plantão, podem encontrar no sofrimento do povo, uma oportunidade de coprar um mandato. Como já dizia um filósofo: “há os que vivem da desgraça dos outros”.


Agora, é esperar na esperança que a enchente não seja grande; só assim não iremos misturar águas com votos ou as esperanças irem por águas abaixo!



7 comentários:

Anônimo disse...

O povo ta de olho!

Mal o processo eleitoral começa e a expectativa da terceira via já começou a bandiar coligando com os mais pilantras possiveis.

Magalhães vc vai se queimar coligando com o grupo do poste e o grupo da vorax.

cuidado! muito cuidado!
se não vc nem vai sair do pário!

Anônimo disse...

Não não!
com o rodrigo NÃO!

cuidado magalhães!
vc pode se contaminar e o povo vai te esquecer!

nÃO AO GRUPO DO POSTE E NÃO AO GRUPO DA VORAX.
FAZER NEGOCIO COM ARNALDO, RODRIGO E ADAIL, O MAGALHÃES VAI SE QUEIMAR...

Anônimo disse...

MUITA ATENÇAO NESSA HORA!

FAZER NEGOCIO COM AMAZONINO, PASTOR QUEIROZ,SILAS CÂMARA, RODRIGO, ADAIL, ARNALDO E IRAM. É SÓ QUEIMAÇÃO DA CANDIDATURA DO MAGALHÃES.

O POVO QUER MU-DAN-ÇA = MUDANÇA, cHEGA DESSES VELHACOS QUE SEMPRE MANTIVERAM O POVO NA OPRESSÃO E NA HUMILHAÇÃO. AMAZONINO NÃO CUIDA NEM DE MANAUS! O ADAIL E RODRIGO É FICHA SUJA, ARNALDO É UM CONDENADO 8 ANOS DE CADEIA.

VC O MAGALHÃES FOR COM ESSES "TO FORA" QUARTA VIA URGENTE!

Anônimo disse...

SOCORRO!

JÁ QUERO A QUARTA VIA!

O MAGALHÃES TA SE COLIGANDO COM GENTE FICHA SUJAAAAAAAAA!

TO FORA"!
TE CUIDA MAGALHÃES!
SE NÃO VC VAI DE SUJAR TAMBÉM!

O RODRIGO E ADAIL SAO FICHA SUJAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAA!

QUERO MUDANÇA! NÃO QUERO ESSES LARÁPIOS DO DINHEIRO DO POVO...

FORA ARNALDO!

Carlos Henrique disse...

A subida das águas, conhecida também como enchente, é um fenomeno natural nos rios da nossa imensa Amazônia. Em 1999, ocorreu uma grande enchente dos últimos 20 anos, não foi a maior, até agora segundo informações a maior de todas dos últimos 30 anos foi de 2009, pude acompanhar de perto em 1999 o sofrimento dos ribeirinhos que moravam e muitos ainda continuam morando nas comunidades ou localidades próximas a sede do municpio de Coari e naquela ocasião os agricultores viam os seus plantios com banana, roça de mandioca e cultivos de verduras e hortaliças sendo consumidas pelas águas do rio solimões. Desde lá até agora a produção de banana em Coari, acredito eu não chega a 20% do já foi produzido em nosso municipio, tanto é que a festa da banana foi suprimida pela festa do gás e do petróleo, isso quando tal evento acontece. Coari seu padre não é terra de mendigos somente pelos ribeirinhos desabrigados pela enchente, mas por muitos coarienses que vivem mendigando um sub-emprego na prefeitura municipal de Coari. E o pior é que no atual governo coariense aumentou tudo; arrecadação financeira, número de mendigos, quantidade de ladrões, descaso com a população, aumentou a falta de saneamento básico, aumentou o número de desvio de verbas públicas, isto é, o roubo de nossa dinheiro. Arnaldo, Arnaldo, infelizmente vc e sua familia, fazem Adail pinheiro parecer um homem honesto! De fato meu caro padre Zezinho, precisamos ter cuidado com os aproveitadores, que vivem da desgraça ou miséria dos outros, principalmente dos mais sofridos. Espero que as pessoas não se deixem levar pelas boas intenções desses aproveitadores das desgraças alheias. Fiquemos atentos!!!! Um forte abraço...

Anônimo disse...

RECEITA FEDERAL BLOQUEIA FPM DE COARI, PARINTINS E MAIS 3 MUNICÍPIOS DO AMAZONAS

A Secretaria da Receita Federal do Brasil - RFB - bloqueou os recursos referente ao Fundo de Participação dos Municípios - FPM de 5 municípios do Amazonas.
Com o bloqueios os municípios estão impedidos de receber o FPM do próximo dia 20, caso não resolva as pendências até essa data.
Dois dos maiores municípios do Amazonas (Coari e Parintins) estão com os recursos bloqueados desde o dia 13 de março, juntamente com os demais.


Os municípios com FPM bloqueados são:
CARAUARI
COARI
NOVO ARIPUANÃ
PARINTINS
SANTO ANTÔNIO DO IÇÁ

Anônimo disse...

Município que não tiver plano de resíduo até agosto fica impedido de receber recursos




O Município que não tiver plano de gestão dos resíduos sólidos até agosto de 2012 não poderá mais receber recursos federais para ações no setor. A obrigatoriedade está prevista na Política Nacional de Resíduos Sólidos – instituída pela Lei 12.305/2010. E pelo texto legal, o prazo para que Estados e Municípios elaborem os projetos termina daqui a cinco meses.

Desde que a lei foi aprovada, o presidente da Confederação Nacional dos Municípios (CNM), Paulo Ziulkoski, tem alertado o Congresso Nacional e o governo para o custo da demanda e a falta de condições de os Municípios cumprirem. “Se produz lei, se dá prazo para cumprir, mas não se diz onde está o dinheiro para aplicá-la”, salientou o líder municipalista mais uma vez.
De acordo com informações da CNM, dos 5.563 Municípios apenas 300 haviam elaborado os planos, há um ano atrás, e entre eles quatro capitais. Em entrevista a Agência Senado, Ziulkoski voltou a falar da dificuldade de implantar os programas de coleta seletiva e fechar os lixões até 2014. Ele estima que seja preciso construir mais de mil aterros sanitários no país. “Usando como base os aterros de pequeno porte que atingem 200 mil habitantes, os municípios brasileiros vão precisar levantar mais de R$ 52 bilhões para transformar os lixões em aterros sanitários dentro do prazo”, calculou.
Apesar de afirmar que o governo tem colocado instrumentos à disposição das prefeituras, o diretor de Ambiente Urbano do Ministério do Meio Ambiente (MMA), Silvano Costa, reconhece o impacto das mudanças sobre os Municípios. De acordo com o representante do governo, o MMA abriu edital para candidatos a receber recursos destinados aos planos. O edital foi aberto em 2011, e até agora apenas 23 intermunicipais foram contratados pela Caixa Econômica Federal.
Até 2015, o Ministério das Cidades prevê destinar R$ 1,5 bilhão aos resíduos sólidos. No entanto, para habilitarem-se aos recursos, os Municípios deverão atender requisitos como soluções regionalizadas, sustentabilidade econômica, ambiental e social, com inclusão dos catadores na coleta seletiva regular.
Da Agência CNM, com informações da Agência Senado.