sábado, 14 de março de 2009

A morte do Igarapé do Espírito Santo

Quem conheceu como eu esse Igarapé no passado, mais de trinta anos para trás, deve lembrar de todo o seu esplendor, toda sua beleza. Sei que vocês devem está dizendo, mais esse cara é muito saudosista e sou mesmo.

Penso que ao lembrar o passado do Igarapé e falar de sua beleza, não é só questão de saudades, é também dizer aos novos que esse ambiente está em destruíção. E isso mesmo com todo conhecimento de ecologia que temos. Muito conhecimento e pouca prática.


As fotos mostram as diversas moradias que foram construídas as margens do Igarapé no decorrer do ano. Foram chegando e fazendo. Mais para a atualidade os terrenos foram comprados, para a maioria dos moradores as terras foram de graça na época que construiram suas casas.

Num passado não tão distante, no lugar das casas estava a vegetação ciliar, árvores de diversos frutos, bons principalmente aos peixes. Tirada essa vegetação, elimina-se a cadeia alimentar da popoulação de peixes. Por isso hoje o igarapé é tão desabatido por eles.


No lugar da vegetação estão as casas plantadas nas suas margens, em vez de alimentação: raízes, folhas, caules, entre outras delícias; colocam dentro d'água fezes e tudo que sobre do dia-a-dia da sobrevivência humana. O que não serve nem para o próprio igarapé, como também para os peixes.

Eliminando a vegetação que é seu purificador, limpador natural, abre a porta da defesa da água, daí a sujeira impera. O que me resta é que no futuro será diferente; espero que ele ainda esteja vivo para vê esse futuro, eu tenho certeza que não estarei!


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