Quem Prostitui
Ivânia Vieira*
Corruptores contumazes, homens que usaram a condição de servidor público para usurpar direitos da população receberam títulos de honra nas casas legislativas do Amazonas e de Manaus. Para eles, foram estendidos tapetes vermelhos e grandes festas preparadas às custas do dinheiro público.
Parlamentares habituados à subserviência apressaram-se a oferecer comendas para figuras alheias à história e às lutas travadas pelos povos deste Estado. Distantes também estavam das causas mais sensíveis do povo brasileiro. Apenas utilizaram o lugar de autoridade temporária para promover seus negócios privados usando o espaço público.
Não vimos vereadores honrar seus mandatos questionando o comportamento do Poder Legislativo. Silenciaram e muitos até se colocaram na primeira fila para falar da emoção que sentiam ao fazer parte do ato solene de entrega da honraria. Não vimos vereadores evocarem o respeito à família amazonense e lutar com veemência contra tais titulações hoje apresentadas como nódoas da história do Legislativo.
É pequeno, atrasado e farsante o ritual do grupo de vereadores que vetou, ontem, o título de utilidade pública à Associação das Prostitutas do Amazonas (As Amazonas). Acima de tudo é perigoso e deve servir de alerta a eleitores e à sociedade quanto à manipulação grosseira tecida em torno dessa proposta.
Em 2006, a então vereadora Lúcia Antony (PCdoB) propôs a criação do Parque dos Orixás. Chegou a ser hostilizada e o projeto arquivado em nome de um zelo esquisito.
Há na postura de parcela dos legisladores municipais uma manifestação de discriminação, preconceito e engodo no trato de questões que já deveriam ter sido superadas.
A ameaça à integridade das famílias e o atentado à moral não residem nas Amazonas ou em um título de utilidade pública a essa organização. Outras, documentadas, se apropriaram do dinheiro público para garantir mandatos. São hoje objeto de denúncia oferecida pelo Ministério Público. Isso sim é um atentado, é lesivo à comunidade e uma afronta.
* Jornalista, professora do Curso de Comunicação da Ufam.
Corruptores contumazes, homens que usaram a condição de servidor público para usurpar direitos da população receberam títulos de honra nas casas legislativas do Amazonas e de Manaus. Para eles, foram estendidos tapetes vermelhos e grandes festas preparadas às custas do dinheiro público.
Parlamentares habituados à subserviência apressaram-se a oferecer comendas para figuras alheias à história e às lutas travadas pelos povos deste Estado. Distantes também estavam das causas mais sensíveis do povo brasileiro. Apenas utilizaram o lugar de autoridade temporária para promover seus negócios privados usando o espaço público.
Não vimos vereadores honrar seus mandatos questionando o comportamento do Poder Legislativo. Silenciaram e muitos até se colocaram na primeira fila para falar da emoção que sentiam ao fazer parte do ato solene de entrega da honraria. Não vimos vereadores evocarem o respeito à família amazonense e lutar com veemência contra tais titulações hoje apresentadas como nódoas da história do Legislativo.
É pequeno, atrasado e farsante o ritual do grupo de vereadores que vetou, ontem, o título de utilidade pública à Associação das Prostitutas do Amazonas (As Amazonas). Acima de tudo é perigoso e deve servir de alerta a eleitores e à sociedade quanto à manipulação grosseira tecida em torno dessa proposta.
Em 2006, a então vereadora Lúcia Antony (PCdoB) propôs a criação do Parque dos Orixás. Chegou a ser hostilizada e o projeto arquivado em nome de um zelo esquisito.
Há na postura de parcela dos legisladores municipais uma manifestação de discriminação, preconceito e engodo no trato de questões que já deveriam ter sido superadas.
A ameaça à integridade das famílias e o atentado à moral não residem nas Amazonas ou em um título de utilidade pública a essa organização. Outras, documentadas, se apropriaram do dinheiro público para garantir mandatos. São hoje objeto de denúncia oferecida pelo Ministério Público. Isso sim é um atentado, é lesivo à comunidade e uma afronta.
* Jornalista, professora do Curso de Comunicação da Ufam.
Nenhum comentário:
Postar um comentário