Ex-prefeito de Coari, Adail Pinheiro (à esquerda) e o atual, Rodrigo Alves, denunciados pelo Ministério Público Eleitoral
Aristide Furtado Especial para A CRÍTICA
O procurador regional eleitoral Edmilson Barreiros pediu a condenação do ex-prefeito de Coari, Adail Pinheiro, do atual prefeito Rodrigo Alves (PP), do vice-prefeito Leondino Menezes, dos vereadores Adão da Silva (PP) e José Henrique (PMDB) e do ex-vereador Raimundo Torres por abuso do poder político e econômico nas eleições de 2008.
Em parecer emitido ao Tribunal Regional Eleitoral, em uma Ação de Investigação Judicial Eleitoral (Aije), Barreiros afirma que a festa realizada pela Prefeitura de Coari em maio do ano passado a pretexto de comemorar o Dia das Mães favoreceu as candidaturas apoiadas pelo ex-prefeito e desequilibrou a disputa eleitoral. Cerca de 1/8 do eleitorado do município participou do evento no qual foram distribuídos 4.956 prêmios.
Nas 12 comemorações ocorridas nos bairros de Coari, Adail e seus aliados, entre eles Rodrigo Alves, então vice-prefeito e candidato a prefeito, entregaram 120 liquidificadores, 120 ferros elétricos, 240 ventiladores de pé, 240 ventiladores de mesa, 996 relógios de pulso, 240 refrigeradores, 240 fogões, 240 televisores, 120 máquinas de lavar, 120 DVD's e outros prêmios de menor valor.
Segundo parecer do Ministério Público Eleitoral (MPE), a distribuição dos brindes custou aos cofres públicos R$ 4 milhões. O valor foi obtido nas gravações telefônica realizadas pela Polícia Federal na Operação Vorax (Que desarticulou uma quadrilha chefiada por Adail Pinheiro que desviou milhões da prefeitura de Coari por meio de fraudes em licitações, segundo a PF). Em um dos trechos, o secretário municipal e braço direito de Adail, Adriano Salan, conversando com o juiz Rômulo Fernandes, comenta sobre os gastos com os prêmios.
No parecer, o MPE pede a cassação do diploma de Rodrigo Alves, do vice Leondino Menezes e dos vereadores Adão Martins e José Henrique. De todos os envolvidos pede também que sejam declarados inelegíveis por três anos a contar de 2008. "A megalomania do evento festivo foi tamanha que estiveram envolvidas na sua organização e execução nada menos do que nove secretarias municipais, especialmente a Secretaria de Ação Social, a responsável pela distribuição de senhas e todas as residências de Coari", disse Barreiros.
A distribuição dos prêmios em Coari, segundo o MPE, não foi regulamentada em lei como programa social nem constava da previsão orçamentária do município. A Lei 9.504 proíbe a distribuição de bens, valores e benefícios pela administração em ano de eleição. Exceto nos casos de calamidade pública, estado de emergência ou programas sociais previstos no orçamento.
Um comentário:
Padre, leia essa... a casa vai cair...
MPE pede condenação de Adail e Rodrigo Alves
Arquivo AC/Fotocomposição
Ex-prefeito de Coari, Adail Pinheiro (à esquerda) e o atual, Rodrigo Alves, denunciados pelo Ministério Público Eleitoral
Aristide Furtado
Especial para A CRÍTICA
O procurador regional eleitoral Edmilson Barreiros pediu a condenação do ex-prefeito de Coari, Adail Pinheiro, do atual prefeito Rodrigo Alves (PP), do vice-prefeito Leondino Menezes, dos vereadores Adão da Silva (PP) e José Henrique (PMDB) e do ex-vereador Raimundo Torres por abuso do poder político e econômico nas eleições de 2008.
Em parecer emitido ao Tribunal Regional Eleitoral, em uma Ação de Investigação Judicial Eleitoral (Aije), Barreiros afirma que a festa realizada pela Prefeitura de Coari em maio do ano passado a pretexto de comemorar o Dia das Mães favoreceu as candidaturas apoiadas pelo ex-prefeito e desequilibrou a disputa eleitoral. Cerca de 1/8 do eleitorado do município participou do evento no qual foram distribuídos 4.956 prêmios.
Nas 12 comemorações ocorridas nos bairros de Coari, Adail e seus aliados, entre eles Rodrigo Alves, então vice-prefeito e candidato a prefeito, entregaram 120 liquidificadores, 120 ferros elétricos, 240 ventiladores de pé, 240 ventiladores de mesa, 996 relógios de pulso, 240 refrigeradores, 240 fogões, 240 televisores, 120 máquinas de lavar, 120 DVD's e outros prêmios de menor valor.
Segundo parecer do Ministério Público Eleitoral (MPE), a distribuição dos brindes custou aos cofres públicos R$ 4 milhões. O valor foi obtido nas gravações telefônica realizadas pela Polícia Federal na Operação Vorax (Que desarticulou uma quadrilha chefiada por Adail Pinheiro que desviou milhões da prefeitura de Coari por meio de fraudes em licitações, segundo a PF). Em um dos trechos, o secretário municipal e braço direito de Adail, Adriano Salan, conversando com o juiz Rômulo Fernandes, comenta sobre os gastos com os prêmios.
No parecer, o MPE pede a cassação do diploma de Rodrigo Alves, do vice Leondino Menezes e dos vereadores Adão Martins e José Henrique. De todos os envolvidos pede também que sejam declarados inelegíveis por três anos a contar de 2008. "A megalomania do evento festivo foi tamanha que estiveram envolvidas na sua organização e execução nada menos do que nove secretarias municipais, especialmente a Secretaria de Ação Social, a responsável pela distribuição de senhas e todas as residências de Coari", disse Barreiros.
A distribuição dos prêmios em Coari, segundo o MPE, não foi regulamentada em lei como programa social nem constava da previsão orçamentária do município. A Lei 9.504 proíbe a distribuição de bens, valores e benefícios pela administração em ano de eleição. Exceto nos casos de calamidade pública, estado de emergência ou programas sociais previstos no orçamento.
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