Codajás
Estou em Codajás, capital do açaí; aqui a enchente também foi avassaladora, muitas ruas dabaixo d'água. É triste vê a situação do povo convivendo com a alagação, são "pontes", se podemos chamar quatro paus suspenso de "ponte" para todos os lados. Aqui há um povo equilibrista.
Tenho muito apreço por esta cidade, aqui está grande parte da família de meu pai. Foi uma das quatro cidade que vivi; Coari, Manaus, Roma e aqui; muitas amizades, desde o tempo que era criança e vinha com minha mãe visitar os parentes. Velhos tempos, belos dias.
Como toda cidade do Amazonas, da Amazônia, desse nosso Brasil parece muito pouca cuidada, com a enchente pior ainda. Os buracos foram transformados em poços enormes, pequenos lagos. Se faz necessário dar um giro enorme para chegar do centro aos bairros e vice-versa.
As escolas da rede estadual ficaram vários dias paradas, tiveram que alojar os desabrigados da enchente. Já são poucos os dias de aulas, pior ainda com os atrapalhos da água.
Sentir uma cidade e um povo que se ama, sem muita esperança não é fácil, coisa de cortar o coração, de perder sua própria condição de sonhar... me pergunto para onde vamos?
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