O jornal Acritica, com autoridade, dias atrás, numa de suas matérias destacou os festivais de Parintins, Itacoaitara e Manacapuru, como os melhores do Amazonas. Com certeza cada um do seu modo construi um caminho próprio e se destacou das mesmices das diversas festas nos vários municípios do estado.
Porém, se faz necessário olhar para trás e tentar entender melhor o que aconteceu com os assim chamados "festivais culturais" no nosso interior. Todos, mais todos entraram numa única lógica, caminho fechado de banda local, banda regional e banda nacional.
Coari entrou, mesmo sem querer ou sem ninguém ser consultado jogo, mais do que isso, nossas manifestações foram arrancadas pela raiz pelos ditadores que nesses últimos 11 anos sentam no trono do Palácio 02 de agosto.
Com certeza nossa maior "cartada" cultural era nosso carnaval com nosso rosto e caminho construído com criativdade e garra. Foi barrado no seu próprio baile.
Antes fazíamos com cada trança o que era nosso; hoje pagamos altas somas para assistir os outros fazerem para nós. Como mudamos, ou melhor, mudaram para nós e por todos nós!
3 comentários:
A campanha para fazer com que o Sr. valdem Costa pare de fazer propaganda da casa noturna (NA FESTA)CONTINUA...
A Rádio CIDADE DE COARI é comunitária e não particular...
CADÊ O PAGAMENTO DE AGOSTO, O POVO TA PASSANDO FOME!!!!
Enquanto tiver o vandinho como secretário. a nossa cultura só será fazer festa para as revendedoras de cervejas ganharem milhões e milhões....
fora o sec. de cultura...
fora a corrupção!
fora a mesmisse!
abaixo a perseguição.
Perdemos nossa identidade.
Antropologicamente falando, a cultura é o que designa a identidade de um povo, é através dela que possuímos as características necessárias para nos diferenciarmos. No nosso contexto amazônico, são nossas festas folclóricas, vindo de nossas lendas e mitos que nos caracterizam como membros dessa terra.
Recentemente quando estive em Manacapuru, tive a oportunidade de presenciar a beleza da ciranda, através do ensaio da "flor matizada", e sem duvidas é um verdadeiro espetáculo cultural. Desde que me entendo por gente, vejo meus avós e os mais antigos falarem do tradicional carnaval coariense, que na época jovens e adultos faziam questão de prestigiar, também mais recente na história, a nossa festa da banana. Onde o município se destacava como maior produtor de bananas do estado.
Na época do reinado de Adail, nossos agricultores foram tão alienados que até as bananas pararam de plantar, a festa da banana, esta eu presenciei o movimento, se não me engano umas duas vezes, como sempre movimentava todo o nosso Estado. Hoje só as lembranças ficaram. No governo atual nem se fala de cultura local, nossos blocos carnavalescos foram enterrados, as cirandas locais se apresentando em outros municípios, o que temos hoje é a festa do aniversário da cidade, que apresenta atrações caríssimas, o dia do trabalhador que por mega coincidência é justamente no dia do aniversário do rei Arnaldo Mitouso.
O que se percebe com tudo isso, é que Coari deixou de ser vista como a terra da cultura, para ser vista regional e nacionalmente como a terra da violência, do tráfico de drogas, miséria e fome e corrupção. Enfim, Coari perdeu sua identidade. Ou melhor, jogaram-na no lixo.
É.................... Onde vamos parar?
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