Olhando essas fotos postadas no Facebook pelo velho navegador, me bateu uma saudade e resolvi reuní-las num slide para postar no blog. Não é fácil postar algo de forte valor sentimental, se peca por fugir da realidade ou não querer aceitar a "tal realidade", simplesmente pelo significado na vida de quem com o objeto, local ou pessoa experimentou momentos que marcaram na sua existência. Como é o caso de nossas praias na vida da grande maioria dos coarienses.
As fotos seguem a seguinte lógica: primeiro as da cidade, veja lá quanta destruição; depois as do Jurupari o que ainda de temos e o que começa a aparecer de destruição. (fotos de 2010).
A praia da cidade foi palco de tantos acontecimentos da vida coariense, desde torneios esportivos a competições de papagaios de papéis. Aos domingos era comum encontrar as famílias ali reunidas para um bom banho de água fria e um mundo de convivência das amizades. E na noites quentes ou frias, local de amores fiéis ou infiéis, apressados, num tempo onde pegar na mão já era compromisso de casamento. Um dia arei branca nossos pés tocaram, hoje só barro vermelho.
Nesse espaço que foi de amores, assistimos as forças da máquinas; que tanto dinheiro produzem e que nós não sabemos para onde vai; destruir para sempre um local sagrado da vida de um povo.
Nesses últimos vinte anos e tantos anos, o tal "progresso" tem investido com forças nas areias brancas do Jurupari, até quando as praias de lá vão resistir?
E assim vamos perdendo nossas belezas e encantos, até quando chegar o dia de comprarmos areias de outros locais para colocarmos em nossas praias; como já fizeram várias regiões do mundo. Conviver com o desafio de viver bem e cuidar da criação é o nosso desafio atual. Caso contrário iremos passar a vida chorando o leite derramado!
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