A cidade de Coari sofreu profundas mudanças nesses 25 anos que a Petrobras tem explorado o petróleo e gás natural do Urucu. Deixou de ser uma pequena e pacata cidade do interior para ser um lugar de transito de histórias de gente de diversas cores, línguas, pátrias e raças. Gente vinda/ida de vários rincões do Brasil e de alguns países da América Latina.
A grande maioria dessas pessoas que aqui desembarcaram nesses 25 anos, não veio aqui para ficar e nem para contribuir com o desenvolvimento do município; seus interesses era a melhoria de sua própria vida. Ganhar dinheiro e investir onde estavam suas raízes, ganhar o mais que puder, explorar o que aparecer, trabalho, petróleo, gás, pessoas, a alma do município. Vivemos numa terra que teve a sua alma roubada. Desalmada, vive a vagar como almas penadas; encarnadas por completo no atual grupo que "desgoverna" o município.
Nos três momentos de maior intensidade desse tempo: a construção da base no Urucu, a construção do gasoduto Urucu-Coari e o gasoduto Coari Manaus, milhares de pessoas passaram por Coari, sendo que a maioria delas, homens. Os homens casados ou não trataram logo de eliminar seus concorrentes, os botos. Depois dessas obras, os botos "vasactomiados", perderam a virilidade e os filhos. Os filhos, são os filhos do Urucu. E a população de mãe solteira deu um salto nunca visto antes por essas paragens.
Com os filhos do Urucu deixados aos cuidados da avó, vieram os outros desafios sociais, principalmente a prostituição infanto-juvenil. As adolescentes, filhas da pobreza e da miséria, querendo deixar a dieta de ovos e salsichas, saiam a caça dos homens do fardão laranjado. Algumas incentivadas pelas mães que já não aguentavam choro de crianças famintas. Infâncias e adolescências perdidas no escorrer da grana do ouro negro.
Os peões com petróleo correndo nas veias e dinheiro nos bolsos, quando na cidade, tiradas as fardas, nas noites, quando todo gato é pardo, tendo as estrelas e a lua como testemunhas, saiam a conquista do sexo frágil e iam espalhando sementes, muitas deles passadas no tempo, podres de DSTs; transformando as noites coarienses numa Sodoma e Gomorra. E para se afirmarem, sem o sexo dos botos, arrotaram arrogância e valentia. Até as pedras se embruteceram.
Nossos governantes embalados pela força das entradas econômicas, estão encantados com o luxo e o bem-estar próprio que a grana desses 25 anos estão deixando em suas vidas. Cada um tece seu pé de meia. O município, a cidade, o povo, a terra com seu ventre de petróleo que se vire. Gira terra!
A grande maioria dessas pessoas que aqui desembarcaram nesses 25 anos, não veio aqui para ficar e nem para contribuir com o desenvolvimento do município; seus interesses era a melhoria de sua própria vida. Ganhar dinheiro e investir onde estavam suas raízes, ganhar o mais que puder, explorar o que aparecer, trabalho, petróleo, gás, pessoas, a alma do município. Vivemos numa terra que teve a sua alma roubada. Desalmada, vive a vagar como almas penadas; encarnadas por completo no atual grupo que "desgoverna" o município.
Nos três momentos de maior intensidade desse tempo: a construção da base no Urucu, a construção do gasoduto Urucu-Coari e o gasoduto Coari Manaus, milhares de pessoas passaram por Coari, sendo que a maioria delas, homens. Os homens casados ou não trataram logo de eliminar seus concorrentes, os botos. Depois dessas obras, os botos "vasactomiados", perderam a virilidade e os filhos. Os filhos, são os filhos do Urucu. E a população de mãe solteira deu um salto nunca visto antes por essas paragens.
Com os filhos do Urucu deixados aos cuidados da avó, vieram os outros desafios sociais, principalmente a prostituição infanto-juvenil. As adolescentes, filhas da pobreza e da miséria, querendo deixar a dieta de ovos e salsichas, saiam a caça dos homens do fardão laranjado. Algumas incentivadas pelas mães que já não aguentavam choro de crianças famintas. Infâncias e adolescências perdidas no escorrer da grana do ouro negro.
Os peões com petróleo correndo nas veias e dinheiro nos bolsos, quando na cidade, tiradas as fardas, nas noites, quando todo gato é pardo, tendo as estrelas e a lua como testemunhas, saiam a conquista do sexo frágil e iam espalhando sementes, muitas deles passadas no tempo, podres de DSTs; transformando as noites coarienses numa Sodoma e Gomorra. E para se afirmarem, sem o sexo dos botos, arrotaram arrogância e valentia. Até as pedras se embruteceram.
Nossos governantes embalados pela força das entradas econômicas, estão encantados com o luxo e o bem-estar próprio que a grana desses 25 anos estão deixando em suas vidas. Cada um tece seu pé de meia. O município, a cidade, o povo, a terra com seu ventre de petróleo que se vire. Gira terra!
Um comentário:
De acordo com Juan Pablo Pérez Alfonzo, ministro do Petróleo da Venezuelano começo da década de 1960 e um dos fundadores da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep), foi o primeiro a chamar a atenção para o problema. O petróleo, ele disse, não é ouro negro: é o excremento do diabo.
Desde então, a constatação de Pérez Alfonzo tem sido rigorosamente testada—e confirmada — por economistas e cientistas políticos.
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