sábado, 8 de setembro de 2007

Despedício de Peixes

Esta foto foi feita no porto de Coari. Este e um fato que acontece quase todos os dias na terra do gás e do petróleo e por toda a Amazônia, o despedício de Peixes.
Os pescadores utilizam grandes e finas redes de pesca, tirando do rio todo tipo de peixes, grandes e pequenos. A primeira seleção acontece quando estão tirando os peixes da rede, os pequenos vão ficando mortos pela beirada dos rios.
A segunda seleção acontece na hora de levar o pescado para os mercados e feiras, como é o caso destes peixes que estão sendo jogados na beirada de Coari, em frente a cidade.

O despedício é grande... e esse despedício vem se arrastando por muitos anos. E tudo indica que ainda vai continuar por muito tempo!

3 comentários:

Unknown disse...

São Paulo, sábado, 08 de setembro de 2007


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Papa declara "arrependimento" por judeus
Afirmação sobre perseguição, feita a caminho da Áustria, não incluiu menção direta ao Holocausto

DA REDAÇÃO

O papa Bento 16 afirmou ontem querer demonstrar "nossa tristeza, arrependimento e também amizade ao povo judeu". O líder da Igreja Católica deu a declaração, segundo o site "Catholic News Service", a bordo do avião que o levava à Áustria, onde chegou ontem para uma visita de três dias.
O papa referia-se à visita que faria logo após chegar a Viena, a um monumento situado na Judenplatz -praça dos judeus-, na capital austríaca. No local, Bento 16 orou ao lado de Paul Chaim Eisenberg, o rabino-chefe de Viena.
O monumento, um cubo de concreto, foi erguido, diz o "Catholic News", em 2000, onde ficava uma sinagoga que foi destruía por cristãos em 1421. Cerca de 200 judeus foram então queimados vivos na cidade.
Uma placa sobre o monumento exibe palavras semelhantes às que Bento 16 disse no avião: "Hoje, a cristandade lamenta sua parte de responsabilidade na perseguição dos judeus e reconhece sua falha".
Embora o papa não tenha feito nenhuma menção direta ao Holocausto -diferentemente de quando esteve em Auschwitz, no ano passado-, a mesma placa no monumento afirma que alguns cristãos lutaram em vão contra os nazistas, "mas eram muito poucos".
Em 1938, Viena tinha uma das maiores e mais atuantes comunidades judaicas do mundo, com 185 mil membros. Hoje os judeus da capital austríaca são menos de 7.000.
O cardeal austríaco Christoph Schoenborn também falou no evento, fazendo referência às raízes que o cristianismo tem no judaísmo: "É parte da tragédia desta cidade o fato de que aqui (...) essa raiz tenha sido esquecida".

Conversão
As declarações e a ação do papa em Viena podem ser entendidas como uma ação diplomática para aplacar o desconforto que a autorização concedida para o amplo retorno da missa em latim causou na comunidade judaica. Isso porque essa missa inclui, na liturgia da Sexta-Feira Santa, uma oração pela conversão dos judeus.
A viagem que o papa faz à Áustria é sua sétima ao exterior em dois anos de pontificado.
O principal motivo da viagem, afirma o Vaticano, é a visita a um santuário dedica do à Virgem Maria em Mariazell. Hoje, para celebrar os 850 anos da fundação do santuário, Bento 16 celebrará uma missa. A Arquidiocese de Viena espera 33 mil peregrinos no evento.
Mas o grande propósito da visita do papa alemão à Áustria é prosseguir na sua tentativa de recristianização da Europa, meta que tem mostrado ser uma de suas principais -se não a principal- desde que se sentou no Trono de Pedro.



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Com agências internacionais

Unknown disse...

São Paulo, sábado, 08 de setembro de 2007


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ABUSO SEXUAL DIOCESE DE SAN DIEGO PAGARÁ US$ 198,1 MILHÕES A VÍTIMAS
A Diocese de San Diego, nos EUA, pagará US$ 198,1 milhões a vítimas de abuso sexual cometido por padres. O acordo, fechado na Justiça federal dos EUA, é o segundo maior já feito por uma diocese da Igreja Católica em casos de abuso sexual. A maior indenização, de US$ 660 milhões, foi paga pela Arquidiocese de Los Angeles, segundo acordo judicial fechado em julho último.

Unknown disse...

O papa e o escândalo dos abusos sexuais na Igreja


AP

O cardeal Bernard Law da Arquidiocese de Boston






Nos últimos anos antes de sua morte, o papa João Paulo II foi alvo de uma intensa pressão internacional devido às denúncias sobre casos de abuso sexual contra crianças por parte de religiosos em várias partes do mundo, principalmente, nos Estados Unidos.
» Os 27 anos de papado de
João Paulo II

O caso mais famoso envolvia padres da Arquidiocese de Boston. Mas, mesmo com provas e, inclusive, com a confissão de culpa de alguns sacerdotes, o Vaticano adotou uma posição leve, enfurecendo as vítimas de abuso sexual.

A sede da Igreja Católica rejeitou as normas severas contra os padres, argumentando que a Carta de Proteção à Criança e ao Jovem é confusa, ambígua e difícil de conciliar com as leis canônicas. O Vaticano disse que "maiores reflexões sobre e revisão" da norma seriam necessárias antes que ela pudesse ser aprovada. A carta cria uma comissão de funcionários do Vaticano e da Igreja católica norte-americana para executar a revisão.

Os regulamentos que vítimas norte-americanas queriam impor determinavam que um bispo deveria remover um religioso de "qualquer função ou ministério eclesiástico" se houvesse acusação "confiável" de que ele praticara abusos sexuais contra um menor de idade. "É simplesmente trágico", disse David Clohessy, que dirige a Survivors Network of those Abused by Priests (Rede de Sobreviventes dos Abusados por Padres), uma organização de defesa das vítimas do abuso.

Os escândalos de pedofilia que abalaram a Igreja Católica nos últimos anos ocorreram praticamente em todas as dioceses dos Estados Unidos e envolveram mais de 1,2 mil sacerdotes, que abusaram de mais de quatro mil crianças.

Uma extensa investigação realizada pelo jornal The New York Times revela que 4.268 pessoas denunciaram publicamente ou à Justiça terem sido objeto de abusos de sacerdotes, embora vários especialistas afirmem que muitas mantiveram silêncio. A partir de registros judiciais, informes, documentos eclesiásticos e entrevistas, o Times encontrou acusações de abusos em 161 das 177 dioceses dos Estados Unidos.

Vítimas podem chegar a mil em Boston
Sacerdotes e outros membros da arquidiocese de Boston teriam abusado sexualmente de mais de mil pessoas nas últimas seis décadas, de acordo com o procurador de Massachusetts, Tom Reilly, indicando que o escândalo é tão grande que "é quase inacreditável".

O relatório, resultado de um jurado pesquisador que tratou de determinar se a hierarquia católica deve ser processada por ignorar as denúncias de abuso sexual, disse que a arquidiocese recebeu queixas de 789 supostas vítimas que denunciaram mais de 250 sacerdotes e empregados da Igreja. No entanto, se outras fontes forem levadas em conta, disse o procurador, é possível que tenham existido mais de mil vítimas, desde 1940 até agora.

O cardeal Bernard Law, que renunciou como arcebispo em dezembro de 2002, "é o principal responsável pelo trágico tratamento que sofreram crianças durante o tempo em que exerceu o cargo", disse Reilly no relatório de 91 páginas. "Mas ele não é o único responsável. Com raras exceções, nenhum dos principais administradores da arquidiocese lhe aconselharam a adotar os passos necessários para pôr fim a esse sistemático abuso de crianças".

Apesar do que Reilly considera "uma aceitação institucional dos abusos", não foram feitas queixas porque as leis de proteção à infância que se achavam vigentes durante a época em que se cometeram os abusos não o permitiam.

A grande quantidade de denúncias de abuso sexual documentada por pesquisadores em Boston parece sem precedentes, mesmo em meio de um escândalo que afetou a igreja em quase todo estado e fez com que cerca de mil pessoas formulassem acusações a nível nacional durante o ano passado. "O abuso a crianças foi tão grande e tão prolongado que chega a ser incrível", disse Reilly na carta de apresentação anexada ao relatório. O relatório é o resultado de 16 meses de investigação sobre a forma como os líderes da Igreja lidaram com o escândalo. "Eles preferiram proteger sua imagem e a reputação de sua instituição em lugar da segurança e o bem-estar das crianças confiadas a seu cuidado. Eles atuaram com uma pervertida devoção quanto ao segredo", diz o relatório em sua conclusão. "E eles não romperam o código de silêncio mesmo quando a magnitude do ocorrido deveria ter alertado a qualquer administrador razoável e responsável sobre a necessidade de procurar ajuda".