Peixe e vinho para o povo, do planalto - Tales Faria do Jornal do Brasil
Um palácio presidencial não pode dispensar boa comida na mesa dos mandatários do país, apesar de o bom senso em tempos de "corte na veia" passar ao largo do Planalto. Mesmo que o presidente Lula e sua trupe de elite alardeiem que é hora de reduzir custos, o débito do pacote de maldades com o aumento do IOF e da CSLL, novidade nenhuma, vai cair na conta do cidadão.
No exercício do ano passado, R$ 75,6 milhões foram sacados em cash ou debitados em compras nos cartões em mãos dos chamados ecônomos. São centenas deles, em todas as esferas, do palácio aos ministérios. Seria hora de o presidente Lula, que tanto preza a transparência, mostrar ao contribuinte onde foram investidos, por exemplo, os R$ 11,5 milhões gastos o ano passado pelo ecônomos da Agência Brasileira de Inteligência, a Abin, com sigilo protegido por lei.
Cabe perguntar se muito sofreria o Planalto para cortar ou R$ 4,05 milhões que os 14 ecônomos da Secretaria de Administração da Presidência da República gastaram para manter o palácio de Lula e sua mesa. Enquanto o governo definhava na negociação da CPMF, ciente da eminência da derrota, os secretários do Planalto não tiveram a preocupação de conter custos das articulações. Estão lá, no site da Transparência da União.
No dia 20 de novembro, um ilustre ecônomo gastou R$ 288 na Panificadora Pão Italiano. Nos dias 18 e 31 de outubro, com o mesmo cartão, o planalto foi às compras na Wine Company Bebidas, e ali debitou nos dois dias R$ 1.039,70 e R$ 1.311,80. Dois meses antes, a Peixaria Golfinho foi quem recheou a mesa do comandante-em-chefe: no dia 28 de setembro, uma compra de R$ 1.345,13
Valor mais amargo que a última visita, dia 10 de agosto, R$ 816,80. Pão, vinho e peixe não faltaram na mesa da Presidência. É legítimo para um chefe de Estado. Entretanto, o governo federal poderia dar um bom exemplo, neste momento pertinente, de como cortar na veia e exterminar os cartões corporativos e seus gastos muito mal contados.
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O Artigo de Tales Faria do Jornal do Brasil, mostra com sábia sagacidade a farra que as pessoas que nós elegemos, colocamos no poder com nosso voto, dando a eles o crédito de fazer por todos, fazem o que querem com o dinheiro público.
Conforme mostra o artigo a turma do presidente, não poderia ser diferente, apesar de ser alto o gasto, mas gasta o dinheiro de "forma comportada". Pois sabemos que muitos dos nossos politiqueiros gastam com farra, literalmente falando. São gastos com bacanais, garotas e garotos de programas, meninas novas cheirando a leite e veja tem que ser virgem. É o nosso dinheiro patrocinando festas particulares com os amigos, com os puxas e todo tipo de assessoria. O pior é que não há nenhuma luz no fim do túnel!
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