sexta-feira, 4 de janeiro de 2008

Nossos heróis II

Passamos a infância vendo ou lendo gibis de outras regiões, devagar vão construindo o imaginário dos nossos heróis. Herói para ser bom tem que ser da América do norte. Tudo é feito de modo habilidoso, sem que a gente perceba ou até mesmo saiba. O mundo dos gibis está para a gurizada da classe média. Para todos está a TV, ela de modo criativo, vicioso, prende a todos numa teia sem saída.
Hoje ela está nos rincões mais distantes do nosso Brasil. É possível encontrar uma TV funcionando na última comunidade do rio Coari Grande. Ali a meninada não perde um desenho animado.
Nossos heróis amazônicos assassinados desde a chegada dos europeus no mundo da grande floresta, com a TV vai ficando cada vez mais morto. Não interessa mais saber das coisas que tínhamos, elas estão morta e a telinha é uma das assassinas.
Viva a TV!!!... o melhor de tudo foi o kit copa!!!
Nossas escolas, mesmo as da zona rural não ensinam coisas do nosso mundo. Os livros onde os alunos aprendem são produzidos em outras regiões. Tudo gira contra nós. Até quando?
Podemos no sperguntar porque não produzimos heróis como os que cultuamos atualmente, na sua grande maioria da América do Norte? A coisa é mais complexa que pensamo e faz parte do projeto de colonização cultural que a América do Norte imprime no mundo a algumas décadas. Claro que essa é uma jogada também das empresas de entreternimento, que produzem segundo elas "cultura", e ganham milhões.
Enquanto eles faturam milhões com seus heróis, nós ainda estamos no estágio alimentar, isto é, lutando pela coisas primárias da vida: comida, roupas, remédios, casas, água, luz, etnre outras coisas básicas para o mínimo da vida.
Algumas coisas começam a aparecer tentando nos livrar da carapuça cultural que cobre nossos olhos. Será que algo de novo vai surgir?

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