terça-feira, 15 de janeiro de 2008

Turismo coariense - Entre Cachorros e Urubus

O melhor espetáculo produzido atualmente na cidade de Coari acontece a cada dia logo cedo. É um show grátis. Falo da limpeza das fezes da cachorrada que os urubus fazem entre cinco e seis da manhã pelas ruas da cidade.
Este show só é possível pelo hábito de muitos coarienses de criarem cachorros. Esses cães, na sua maioria, vivem uma vida noturna. São guardas e namoradores da noite, e dormem durante o dia. Nesse tipo de vida eles ultrapassam o limite da casa ou do terreno de seus donos, passando a serem os donos da rua. Quer sentir a realidade, ande nas ruas de pouco movimento de trânsito da terra do gás e do petróleo para ser atacado; a maioria desses cães noturnos não mordem, mas fazem grande barulheira com seus latidos.
Acontece que eles além de namorarem muito, serem os donos das ruas, latirem com os passantes, principalmente com os bêbados, que não são poucos, eles também cagam e como cagam. Ao amanhecer a boa parte das ruas coarienses amanhecem cagadas com merdas de cachorros.
E é aqui que entram o urubus com o show dos mais variados tipos de voos que uma ave pode exibir. São razantes rápidos, acrobáticos e precisos, caso contrário será uma dia sem o café da manhã.
"O Banco da Amazônia (Basa) planeja investir R$ 58 milhões em turismo na Amazônia em 2008. A iniciativa partiu do próprio banco, que em dezembro de 2007 pediu ao Ministério do Turismo e às secretarias de Turismo dos nove estados da região projetos para o setor de acordo com a vocação turística de cada área". Leia mais aqui.
A área coariense poderia ser a de levar turistas para ver a cachorrada da madrugada e o show dos urubus ao amanhecer. Atualmente é o que temos de mais original na cidade, visto que as coisas que partem das secretarias são sempre imitando as coisas dos outros.
P. S. A merda é tanto que a urubuzada não dar conta. Infelizmente quando o dia vai avançando, a criançada começa a substituir os urubus, não para comer a merda como eles, mas brincando sob elas... aí não dar outra... a não ser verminoses!

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