sábado, 1 de março de 2008

Cultura, a identidade de um povo
Com este tema Deuzimar R. Oliveira escreveu um artigo no jornal Em Tempo Coari, por sinal muito bem escrito, porém girou, girou e só conseguiu dizer o que quis nas entrelinhas. Não é fácil expressar uma opinião própria na terra do gás e do petróleo, quem aqui manifestar o que pensa corre o risco de ser isolado ou sofrer algum tipo de represária, tal é o Estado Totalitário que vivemos.
O secretário municipal de cultura Alfredo Vieira escreveu no mesmo jornal "Em Tempo Coari", um artigo com o mesmo título: "Cultura, a identidade de um povo". Coincidências? Pode ser!
Na época escrevi aqui no blog um post, fazendo uma crítica ao secretário de cultura, que por ser de fora, praticamente não acompanhou o processo histórico cultural do município de Coari.
Já Deuzimar foi mais longe, furou o cerco da censura e disse: "um povo não pode ficar sem sua cultura, e com certeza corremos o risco, estamos abandonando o que é nosso e absorvendo o que é dos outros, e a juventude é a mais prejudicada, pois estão sem noção das coisas..." e para terminar, fechou com chave de outro "não deixemos que os outros cheguem aqui e nos 'desfigurem', impondo o que é seu como o certo para nós...".
O pessoal do jornal deve ter dado uma cochilada para deixar passar essa. Deuzimar disse tudo no meio de comunicação que só mostra a realidade por um lado, colocando sempre a visão dos que arrebentram com a cultura coariense; principalmente do carnaval e do nosso festival folclórico.
Dessa vez eles entregaram o ouro ao bandido. A Secretaria da Cultura e outras secretarias que são assumidas por estangeiros estão dizendo com suas práticas que a cultura coariense, cultura cabocla é de segunda categoria, a "cultura" deles, de fora, que é coisa chic, que tem valor; mesmo sabendo que não conhecem nossa história cultural e nem querem saber, coisa de segunda, caisa de caboclos, gente suja, gente burra. Nós de fora é que sabemos.
Deuzimar foi diplomático em seu artigo, foi dizendo que tinha para dizer, passou na malha fina da censura aos meios de comunicação, e o fez dentro da casa deles.
Parabéns Deuzimar!

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