segunda-feira, 24 de março de 2008

São Cigano padroeiro do Ciganópolis e toda dua realidade nua e crua!

O homem da foto é o cigano, ele criou um bairro que leva seu nome, apesar dos vereadores terem aprovado um projeto de lei mudando o nome do bairro de Ciganópolis para Adail Pinheiro. Parece que a autoridade dos vereadores e de seus projetos de lei se desfizeram no ar, não pegou. Todos continuam nomeando o bairro de Ciganópolis, principalmente os moradores da Área.
Cigano sempre morou nesse lugar, desde quando? Nem ele sabe, desde que se entendeu por gente, lá se vai mais de trinta anos. Pelo que tudo indica já nasceu no local. E esta é uma história que vem de seus pais. Ele entendeu que toda terra era de seus pais, mesmo que eles não tivessem nenhuma documentação; isso era no tempo que o que valia era a palavra. Seus pais estavam no local desde que eles também se entenderam, assim foi, de gerações e gerações para trás. Quem sabe foram descendentes do primeiro nucleamento humano europeu no Brasil, os aldeamentos. Podem até ter conhecido Samuel Flitz.

O certo é que se sentindo o único que por ali habitava desde que nascera, o homem sente-se o herdeiro de sangue da terra. Depois de muito calejar as mãos no cabo do machado, da enchada, do terçado e de outras ferramentas de trabalhar na terra e de engrossar as mãos; resolveu vender a terra. Anunciou no boca-a-boca, os compradores começaram a aparecer, foi vendendo os pedaços, pequenos lotes.
Coisa barata, quase de graça, não lhe custou um centavo, nem aos seus pais e nem aos seus avós, não tinha motivo de para custar tanto, até porque sua intenção era vender para quem não tinha terra ou casa. Nem tudo saiu como ele queria, os espertinhos começaram a aparecer, gente que foi comprando lotes de R$ 300,00 para depois vender. Atualmente há por lá muitos lotes ou casas que foram comprados só para valorizar, e valorizou!

O Cigano que não tinha intenção de ganhar dinheiro ou enriquecer, tudo estourou, hoje não tem por lá um pedaço onde cair moto, talvez ganhe na partida sete palmos sobre o peito, isto se não liquidificar.

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