terça-feira, 23 de dezembro de 2008

As migalhas das malas
Ontem a propaganda volante anunciava que hoje seria pago os que são beneficiados com os projetos inclusão cidadã, os agentes comunitários e os jovens envolvidos nos projetos do governo federal para a juventude. Ainda dizia o animado propagandista do alto do som de seu carro, que estes pagamentos eram um presente de natal.
Hoje o centro da cidade amanhaceu um fomigueiro da gente vinda de todos os cantos do município, desde os que moram nas comunidades nos arredores da cidade até os do interior mais distante; todos atrás de receber seu "presente". O último dessa administração.
Quando aqui esteve o Ministro Patrus Ananias, chefe da pasta social do governo federal, a cidade foi tomada pela propaganda, exibindo como vantagem, que só do governo federal tínhamos 23 projetos sociais. Agora some mais os do governo municipal... quantos não são?
Todos projetos sociais só de dar e dar.
Estes projetos não estão ajudando o povo a pensar que são donos de sua esperança, cada vez trabalham menos e depositam a esperança no dinheiro dos projetos. É só esperar o dia chegar que os "cem" chegam. Cada vez mais pobres, cada vez mais pedintes.
Como dizia o velho ditado: "melhor seria ensinar a pescar que dar o peixe", pois aqui é o contrário, dar o peixe e não se ensina a pescar.
São projetos totalmente eleitoreiros; não é atoa que a popularidade do presidente Lula, anda tão alta. Com a grande quantidade de pessoas em Coari ganhando desses projetos não há como não ganhar as eleições quem tiver com a chave do cofre na mão. Tão fácil quanto empurrar bebo em ladeira.
Porém o município vai continuar sendo um município rico com um povo empobrecido, cada vez mais caminhando para a miséria. Um povo de pedintes. Melhor assim, quanto mais pobres houver, melhor é para comprar votos... e os compradores e vendedores de votos de plantão estão aí mesmo.
Mais é isso que o povo quer, migalhas, e quando o povo quer não tem jeito que dê jeito. Quer miséria, tome miséria; fique com as migalhas. A nós bastam as malas!

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