segunda-feira, 22 de dezembro de 2008

É pra ferrar!
Já mais recuperdo da dengue, arrisquei ir até à feira para sentir o movimento da cidade. É que neste tempo qualquer cidade entra no ritmo do Papai Noel, velhinho símbolo maior do natal capitalista; mais reconhecido que Jesus Cristo em qualquer ponto do planeta.
Agora me dou conta da dimensão da invasão do mosquito da denque na terra do gás e do petróleo; nas poucas horas que fiquei hospitalizado, foram inúmeras as pessoas que também por lá passaram sentindo os mesmos sintomas e essa rotina, segundo informações, vem se repetindo por meses sem interrupções.
Tenho ouvido, sem prestar muita atenção nas vozes e nos rádios que o governo municipal está em campanha contra a dengue e essa lenga, lenga, já se estende por meses. Até quando vai essa campanha não sabemos, mais pelo visto não está fazendo muito efeito, caso contrário, a população não estaria sofrendo tanto o efeito das ferradas do mosquito.
Claro está que dois fatores estão do lado "deles" dos ferradores, um é a chuva; nessa temporada, caindo água em camburões e o outro é o lixo que se acumula pela cidade; de um lado é a população que não consegue entender a lógica da cidade limpa, do outro foi a redução do serviço de coleta de lixo na cidade. O acúmulo de lixo, criando espaços para água empoçada são ambientes propícios à reprodução de mosquitos.
Será que dar para entender essa campanha, incentiva o povo a ajudar no combate ao mosquito e reduz os serviços de coleta de lixo... parece que não!
O certo é que o governo municipal (nacional) está perdendo a luta para os mosquitos; coisa que nem a Polícia Federal com sua Operação Vorax, conseguiu. Talvez a PF precisa aprender outros métodos para suas oprações, chama a turma da dengue, não os agentes, mais os mosquitos.
Enquanto isso a população continua sendo ferrada; é pra isso que serve o povo, para se ferrar, é para isso que serve o governo - pra ferrar, ferrar o povo!

Um comentário:

Anônimo disse...

É Pra ferrar mesmo!!!

Nós coarienses estamos todos fu...s..

Eu já perdi todas minhas esperancas...no mais, vou indo embora...

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CPI não constata milícia

Rubilar Santos - 05/08/2008
Edilson Gurgel diz que não se pode comparar Coari com o Rio de Janeiro


Tereza Teófilo
Da equipe de A CRÍTICA

A conclusão dos trabalhos da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) instalada pela Assembléia Legislativa do Estado (ALE-AM) para investigar atos de corrupção na Prefeitura de Coari (a 370 quilômetros de Manaus) foi marcada pelo mesmo desinteresse visto ainda no início dos trabalhos, em junho deste ano, quando o presidente do Poder, deputado Belarmino Lins (PMDB), sob a pressão da opinião pública, decidiu instalar a Comissão, que nos 120 dias de “vida” enfrentou dois recessos: o das férias de julho e o das eleições.

A leitura do relatório conclusivo foi feito na tarde de ontem pelo deputado e relator Edilson Gurgel (PRP). O documento de 30 páginas não foi repassado à imprensa e dos cinco deputados que compuseram a CPI, dois deles, Liberman Moreno (PHS) e Ricardo Nicolau (PR), não participaram da reunião.

No relatório encaminhado à Presidência da ALE, Gurgel disse que a Comissão não teve avanços significativos porque durante os depoimentos não se conseguiu provas documentais ou verbais para que as denúncias de corrupção levantadas pela Polícia Federal durante a Operação Vorax fossem confirmadas pela CPI. O fato acabou restringindo os trabalhos da Comissão à investigação de milícia armada na cidade, que também não foi comprovada pelo relator. “Não chegou nenhuma prova escrita, falada ou filmada. Nem mesmo fotografia feita de celular. Tem muita rixa política e pessoal envolvendo os depoentes. Não podemos condenar sem provas. Falácia não corresponde a verdade. Milícia? Longe disso chegar aqui. Comparar Coari, uma cidade pequena onde todos se conhecem, com o Rio de Janeiro? Deus me livre”, disse ele.

Depoentes ouvidos pela Comissão chegaram a afirmar a existência de um grupo paramilitar que seria comandado pelo prefeito Adail Pinheiro. O pelotão conhecido como “Delta” teria ramificações dentro da Guarda Municipal, mas o relator desconsiderou as informações prestadas e solicitou que a ALE apenas encaminhe o relatório à Corregedoria da Polícia Militar para fins de apuração de supostos crimes de deserção e prevaricação envolvendo as autoridades policiais da cidade.

Cancelamentos

As denúncias de prostituição infantil também não foram esclarecidas pela CPI, principalmente depois que a Comissão cancelou por duas vezes a ida dos membros até à cidade com o propósito de ouvir uma jovem que teria sido estuprada por Adail.

A dificuldade identificada por Gurgel também foi defendida pelo presidente da CPI, deputado Chico Preto. Na visão de Chico, a publicidade dada ao caso e o vazamento das interceptações telefônicas feitas pela PF acabaram assustando as testemunhas. “Ficou difícil até para se fazer um filme. De repente só tinha mocinho, não tinha mais bandido. Os depoentes não produziram provas contra si. Estavam todos muito orientados pelos advogados”, declarou Chico.