Nove, dos 19 desembargadores do Tribunal de Justiça do Amazonas (TJA), usaram parte da sessão plenária da Corte, ontem pela manhã, para defender membros do colegiado suspeitos de terem beneficiado com decisões judiciais uma quadrilha com atuação no Município de Coari, que, segundo a Polícia Federal, seria comandada pelo ex-prefeito da cidade Adail Pinheiro.
Durante a sessão do Pleno do TJA, o presidente da Corte, desembargador Francisco Auzier Moreira, disse que "se tivesse qualquer espécie de culpa nessa pouca vergonha que criaram aí, seria o primeiro a pedir afastamento". O magistrado também afirmou que abandonaria a função pública no Tribunal Justiça caso tivesse tomado algum procedimento ilícito. "Pedia minha aposentadoria na mesma hora", afirmou Auzier, que chorou ao se defender.
Gravações telefônicas feitas pela PF, com autorização da Justiça Federal, apontam ligação entre juízes e a quadrilha acusada de fraudar licitações públicas no Município de Coari, a 363 quilômetros de Manaus. Na investigação, a Polícia Federal denomina a relação dos juízes com o grupo de Coari como "Estado Paralelo de Justiça". Leia mais.
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