Ò nós na Globo

Quando a Globo quer, ela faz. Na sua história conforme sua posição já elegeu e ajudou a derrubar presidentes, senadores, atores, entre outras personalidades. Depende se lhe favorece.

Sensível ao olhar do mundo para a Amazônia, resolveu fazer uma série de programas sobre a região; sabendo que tem a audiência em alta e batendo seus concorrentes. O Brasileiro adora vê nosso lado exótico, infelizmente. Mais tudo pelos patrocinadores, ela vai e faz.

Estava com uma pauta de fazer uma série do "Globo Repórter" que iriam/vão ao ar sobre a Amazônia. O primeiro foi sucesso absoluto, reinou no ar e não deixou telespectador para nenhuma outra emissora. O assunto - a gastronomia Amazônica - O país está louco para provar e aprovar os sabores da terra.

Foi dentro desse projeto Amazônia que eles chegaram comigo, a intenção era uma entrevista para um Globo Repórter sobre os grandes projetos para a Amazônia. O que esse projetos trazem de bom ou de ruim para as populações da região.

Dentre dos grande projetos para a Amazônia está a construção do gasoduto. Querendo saber sobre os benefícios do Gasoduto para Coari, me entrevistaram.

A entrevista durou uma média de 40 minutos, claro, que me falaram que tudo iria passar por analistas de imagens e outras coisas mais. Porém, a intenção era ser o mais realista possível. Uma pena que o que foi ao ar no jornal da Globo foi tão pouco.

Minha resposta foi que a população é a que menos tem se beneficiado dos recursos do gás e do petróleo e que somente um pequeno grupo administra em função própria. A qualidade de vida do coariense é de pobres, beirando a indigência e que estamos mal de educação, saúde e tudo mais...

Falei e falei muito, tentei mostrar as diversas realidades desafiadoras do nosso município. Só a minha fala daria para um programa inteiro. E ainda faltou falar de algums situações, principalmente da relação do executivo com o judiciário do país e desse puxasaquismo todo existente na cidade.

Depois da entrevista só muitos recados e de todo jeito e lado. Sem sombra de dúvida, foi um aprendizado do poder da telinha... da Globo!