domingo, 2 de agosto de 2009

E assim caminha a humanidade!

Hoje as 04 da tarde estive no bairro da liberdade, numa casa simples, de gente pobre e sobre a mesa na sala o corpo de um jovem, morto nas vésperas de completar 24 anos. Levou uma facada na veia jugular ontem na comemoração dos 77 anos de Coari. A festa não foi de vida e sim de morte para ele.

Na pequena sala, quente, mais apesar do calor muita gente se aglomerava pelo local, boa parte das pessoas estavam ali por curiosidade, um assassinato é sempre um atrativo, chama gente. A conversa girava na forma que o rapaz perdeu a vida. De graça e violenta; visto que não estava envolvido com a briga que levou a sua morte.

Os jovens são os que mais sofrem com a violência mostrou uma pesquisa recentemente; são os que mais morrem.

Essa violência toda que leva a morte dos jovens, mostra o outro lado da crise da falta de sentido da vida que estamos vivendo. Quantos morrem por quase nada, as vezes um real, uma garrafa de cachaça ou outras coisas baratas e insignificantes.

O certo é que esta é uma realidade que demonstra a outra face da crise ética que vivemos. Crise que leva em conta apenas o ser e não o ter. Já diz uma frase tantas vezes lidas: "vale quem tem". Típica de um sistema capitalista que forma consumidores e não cidadãos; quem consome existe, conta para o mercado.

Por esse lado se chega a conclusão que tudo é vendável desde corpos até consciência. Emfim tudo devemos ter para viver o nosso bem estar. Esse acaba sendo o único referencial para todos, o bem estar pelo lado material.

Os jovens, principalmente os pobres de um lado sem ter como alcançar a satisfação tão propagandada pelo sistems capitalista consumista, ficam com dificuldade de vê esperanças de dias melhores, sem esperanças não há perspectivas de vida; logo, a vida fica sem sentido.

Do outro lado os que conseguem através da família ou por sorte chegar a ter algum patrimônio embarcam nessa jogada do mercado consumista de que o que vale é o ter e não o ser. Grande maioria perde o sentido porque apostam na realização pessoal apenas pela via mateiral, não são ajudados a perceberem que o sabor da vida estar em conviver com os outros.

E essa lógica do somente ter para ser, engloba todas as dimensões da vida do ser humano, passando pela diversão dos jovens ao mundo do fazer política; não importando se para estar bem a violência de uma ou outra forma se faça presença como meio para alcançar as minhas realizações.

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