Campanhas de Natal
Todos os anos nesta época do Natal, diversas campanhas de solidariedade são realizadas, na terra do gás e do petróleo por grupos, instituições, igrejas e individualmente, sempre com o objetivo de “ajudar” os pobres a terem um pouco de comida ou outra coisa no dia do nascimento de Cristo.
Por um lado essas campanhas mostram a “bondade” do povo coariense, por outro nos mostram a enorme quantidade de pobres na cidade de Coari. Visto o montante é arrecadado e distribuído, são muitos os que vivem na pobreza nesse município, tão rico e com um povo tão empobrecido.
Outra característica das pessoas da terra do gás e do petróleo que estas campanhas revelam é a de quantos estão cada vez mais dependentes de doações. A impressão é a de que muitas pessoas estão fazendo opção de não trabalharem e ficarem esperando que outros ou instituições com seus projetos os alimente.
É um novo estilo de ser pedinte, mendigo. Esta estrutura que conduz um povo a ser mendigo vem sendo construída nesses últimos anos no nosso país via projetos sociais do governo; tanto federal, como estadual e municipal. São projetos que distribuem rendas e não geram rendas, não ajudam o povo a tomar sua história nas mãos e assim construir capacidades e ferramentas para tirar do seu próprio trabalho o pão nosso de cada dia.
Esses projetos são importantes para ajudar os pobres, os necessitados, mais sem dar passos, ficar só no dar o peixe, os pobres não conseguirão sair da pobreza, ficarão num eterno estado de dependência. São projetos geradores de votos, portanto eleitoreiros; meninas dos olhos dos politiqueiros.
2 comentários:
as campanhas nao estao sendo feitas com mais intensidade como antes, mas houve a radio nova coari fm, que fez uma pequena campanha.e existem muitas familias precisando de alimento nao so no dia de natal,mais em todos os outros. e neste natal está mais dificil ainda, varios pais de familias estao desempregados e os que estao empregados nao estao recebendo seus proventos do mes nem decimo terceiro.
o que será de nossa coari?
precisavamos de mudança? sim,
mas ainda estamos esperando a mudança boa chegar, pois ate o momento vejo tristezas e desperos.
feliz natal a todos que poderem ter.
professora decepcinada.
Padre Zezinho chequei em Coari/AM em 18 de outubro de 1982 e, a partir daí ví e vivenciei as fazes de abundância e de decadência do Município.
Sem adentrar no assunto da Petrobras (1986-2009), a abundância no meu ponto de vista em Coari/AM foi quando os prefeitos tinham respeito em ajudar o setor primário (1982-1995).
UM BREVEVE RELATO
Padre Zezinho, chequei em Coari/AM em 18 de outubro de 1982 e, a partir desta data, vi e vivenciei algumas fazes econômicas do Município.
A melhor fase de Coari/AM era quando éramos conhecidos como a Terra da Banana. Nesta época, os prefeitos tinham respeito em ajudar o setor primário (1982-1995), pois até convênio com a antiga EMATER (IDAM) eram mantidos, cuja finalidade era melhorar o sistema econômico de Coari/AM.
Com a vinda da Petrobras para Coari/AM, a empresa petrolífera trouxera uma expectativa muito grande para o Município e na fase das firmas como era chamada na época da TECHINT/CONDUTO no ano de 1995 ao final de 1998 aproximadamente. Essa época trouxera abundância, através do setor de construção civil, uma forma diferente de gerar a economia municipal.
Termina-se o século XX e inicia-se o século XXI e começa-se e janeiro de 2001, foi eleito o Sr. Adail Pinheiro para governar Coari/AM no período de janeiro de 2001 a dezembro de 2004, o SETOR PRIMÁRIO foi completamente esquecido e a economia se acentuou mais na construção civil com a geração de empregos nas construções de prédios públicos (auditório, asfaltamento da estrada do I tapéua, duplificação da estrada do aeroporto, escolas, postos de saúde etc).
Em janeiro de 2005 a dezembro de 2008, com o Sr. Adail Pinheiro é reeleito e esquece de vez o setor primário para continua levar a economia de Coari/AM para o setor da construção civil (quadras esportivas, escolas, etc) e no ano de aproximadamente de 2006/2007 a construção civil municipal, que era a base da economia coariense, entra em declínio. Como exemplo: a estrada do Itapéua começa a ficar esburacada e não a consertaram.
Em 2008 com a eleição do Sr. Rodrigo Alves (Prefeito), este encontrou Coari/AM sem condição nas suas estruturas econômicas; encontrou um Município totalmente desestruturado, pois até o salário de dezembro de 2008 ficou atrasado e deixado de herança para ser pago em 4 parcelas a partir de janeiro de 2009.
Em 2009 teve-se nova eleição e assumi o comando de Coari/AM, o Sr. Arnaldo Mitouso, como prefeito e o Cientista Político Railson Torres, como vice-prefeito e em 17 de outubro do corrente ano assumem o Município na maior crise de endividamento nas suas estruturas econômicas e começam a governar, pois receberam m endividamento de salários, fornecedores e outros.
Finalizando, com tanto tempo perdido num setor econômico (construção civil) que arrastou Coari/AM a miséria e a mendicância, vem a esperança de que , a partir de 2010, o Sr. Arnaldo Mitouso, como Prefeito e o Cientista Político Railson Torres como Vice-Prefeito reconstruam e estabeleçam um plano econômico partindo de nossa vocação (setor primário, setor secundário e setor terciário) para se ter sucesso daqui pra frente.
Postar um comentário