Gasoduto Coari Manaus - outros olhares
Semana passada o presidente Lula em campanha de Alfredo e Dilma, inaugurou o gasoduto Coari - Manaus. O ato mais parecia um palanque de políticos/candidatos pedindo votos que a construção de um momento histórico para dar passos significativos criando uma perspectiva econômica ao Estado do Amazonas.
A elite política, os de sempre e os desde de muito tempo, querendo estar o mais que podiam ao lado do presidente. Pela vaidade, aparacer ao lado do comandante maior, sempre dar ibope e esse tempo uma foto, um flash dessa natureza pode ser bem rendoso. Lá muitos estavam atrás de contruir o futuro, infelizmente o seu futuro.
De um lado a turma presidencial, do outro os grupos políticos do Estado, ainda presente o pessoal da Petrobras, das empresas prestadoras de serviço que conseguiram contrato para construir a obra e já atrás de outro para outra obra do governo. Jornalistas e fotógrafos se colocavam onde dava, afinal, esse é um momento histórico, digno de ser registrado.
Havia diversas representações, cada um com sua marca representando o que devia. Cada um pensando o quanto ganharam e o quanto ainda poderiam ganhar com essa obras e outras que o dinheiro público pode ainda vir a contruir.
Só não havia um representante do trabalhador que pegou duro para construir o gasoduto. Aquele que fez as clareiras, que enfrentou de sol a sol chuva e lama. Os analfabetos e semi-analfabetos das letras e da engenharia que movia máquinas, principalmente as humanas. Os do serviço pesado lá não tiveram representantes, eles cheiram a suor, tem as mãos calejadas e ganhos insigificantes para estar ao lado de um presidente que saindo de um pau-de-arara do nordeste embarcou na barca da esplanada
A história se repete, o trabalhador não valoriza o trabalhador, o pobre não acredita no outro pobre. Tantas vezes ouvi esse chavão. Hoje as coisas se repetem; nm presidente que foi pobre, não valoriza o pobre trabalhador. Esses que literalmente carregaram a obra nas costas.
Nada foi falado do rastro de sangue e suor que ficou para trás, rastros que deixarão marcas pra sempre na vida de tantas pessoas que envolvidas pela obra do gasoduto tiveram suas histórias reviradas e depois de tudo, ficando de cabeça para baixo.
Foram inúmeras as famílias desfeitas, as filhas que seguiram homens e ficando pelo meio do caminho, acabaram entrando no mundo da prostituição; outras, novas ainda, na idade dos estudos, tiveram que substituir as brincadeiras de bonecas para cuidarem de seus filhos, crianças gestando crianças.
A obra segue o estilo "desenvolvimentista", onde quem lucra são os grandes grupos econômicos. No nosso caso as construtoras em primeiro lugar foram as maiores favorecidas. O dinheiro que até agora entrou para os cofres do município de Coari boa parte foi mal administrado, outra parte anda pelo mundo.
Mesmo sendo uma obra de grande porte que deixa a terra do gás e do petróleo, o município de Coari em segundo lugar de riqueza dentro do estado do Amazonas, seu povo, os coarienses continuam pobres, e os pobres cada vez mais pobres!
Um comentário:
parabenizo você, por se preocupar com essa situação, é histórico nao lembrar que realmente lutou e desbravou para o trabalho ser concluido, vejamos a história do amazônidas, os indios fizeram os trabalhos de exploração, coleta das drogas do sertão, extração das riquezas, da nossa região e o pagamento foi o massacre e extermínio de sua quase existência, sem falar da fama que levou de preguiçoso, selvagem e valente, no período aurea da extração do látex para a fabricação da borracha os caboclos e nordestinos viviam numa condiçao subhumana para extrair esse leite, enquanto os coroneis da borracha, regatoes e donos das casas de aviação, brincavam e usufluiam os lucros que obtinham com o comércio lucrativo da borracha, nos dias atuais, a mineração e demais riquezas propicia fortunas para uma minoria dominante, e doenças, males, invalidez e sequelas para os que estaõa extraindo as riquezas, no caso do ouro negro e do gás, as "firmas" como chamam os ignorantes,as empresas e prestadoras de serviços, ganharam nomes e destaques nacionais e internacionais, e quem ganha com isso as indústrias do polo industrial de manaus, enquanto para os coarienses e demais moradores por onde passou o gasoduto, ficou as doenças, os filhos sem pai, mulheres sem maridos ou viúvas,maridos sem esposas, ou como dizem chifrudo, enfim é o reflexo da colonização do o homem branco europeu que chegou, explorou e até hoje explora esse povo esquecido, que é lembrado apenas nas eleições ou para executar trabalhos desumanos, recebendo uma miséria, como so pobres estão nese vida de imediato aceitam é par isso que os grandes desenvolvem suas ideologias sobre o pobre, par que se submeta a esses trabalhos.
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