O Papai Noel venceu

A figura do simpático velhinho é o maior símbolo do tempo do Natal. Foi transformado pelo consumismo como aquele que transporta os presentes, sonhos de um tempo de esperanças. Já não se espera o Cristo e sim o velhinho com seu "saco" transbordando, onde tem para todos e ninguém fica de mãos abanando.

Nesse tempo a propaganda de vendas, chamado atualmente de marketing, tem preparado uma enxurrada de "comerciais" em todas as mídias, onde o grande garoto propaganda é o velhinho. Ele vende de tudo, de panetone brasileiro com cheiro e sabor italiano até carros importados. Não tem pra ninguém, encanta todos os públicos.

E não é só na mídia que ele ganha na categoria de bom vendedor e símbolo natalino, também na propaganda de carne e osso, onde é revestido da pele de alguém ou vice-versa e pousa de bom moço atraindo a atenção de todos.

Saido de contos e lendas do velho mundo, invadiu todos os países e culturas. Aqui mesmo no Amazonas é conhecido por praticamente todas as crianças, desde as que habitam os prédios de apartamentos na capital, as crianças das pequenas comunidades no meio da floresta. Muitas delas sem conhecer uma lenda do imaginário amazônico. Foi um verdadeiro rolo de amassar na cultura.

Jesus está cada ano perdendo espaço para o velhinho que representa o sistema capitalista que está assumindo nosas vidas e nos faz consumidores, e nos atraia com seus encantos, é tentador e em nome do conforto e do ter vamos assumindo suas perspectivas, fazemos o que ele mandar e no natal quem manda é o Papai Noel!