sábado, 5 de dezembro de 2009

Quem sabe faz a hora, não espera acontecer


Universitários do curso de enfermagem da UFAM fizeram ontem uma manifestação pelas ruas da cidade. Os acadêmicos se organizaram e marcharam em passeata, estão gritando por diversas situações que passa o colegiado. Sendo a principal delas a falta de professores.

Com certeza correm o risco de terem o curso terminado e não estarem com o devido preparo para enfrentarem o mercado de trabalho; pois é só o que se fala nesse mundo universitário; se nem para isso estão preparados, imagine, para a vida.

A nossa universidade passa por este momento desafiador que é o de conseguir mão de obra especializada para formar seus alunos. Não é fácil conseguir quem queira vir ser professor numa cidade perdida no meio da selva.

São poucos os professores com devida especialização que embarcam numa aventura desse porte. Grande maioria prefere ficar nas cidades de maior porte, de preferência no sudeste ou no sul do país, onde a qualidade de vida e as opções oferecidas profissionalmente são bem melhores.

Na maioria das vezes para universidades do interior do país, principalmente cidades distantes da capital ou nas da região norte, quase sempre são professores em início de carreira que enfrentando as diversidades, encaram o novo. Humanamente falando é difícil alguém que está estabilizado num "Campus Universitário", numa cidade onde já construiu uma estrutura de vida, pedir sua transferência para um lugar onde tem que começar tudo do zero.

Por causa desse e outros desafios 32% dos universitários do Brasil não estão plenamente alfabetizados, conforme matéria da Revista Época. A matéria está baseada numa pesquisa divulgada pelo Ibope.

Os alunos estão certos em buscar através da manifestação as melhorias para o curso; mais vale também saber como estar a relação dialógica entre a coordenação do movimento estudantil e a diretoria da Ufam/Coari. As vezes uma boa conversa resolve mais que muitos gritos!

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