Manjar dos deuses

Os grandes "chefs" do mundo estão de olho na culinária amazônica. A forma de fazer nossos quelônios são únicas nesse mercado tão desejado e caro, o do paladar. Para começo de conversa só aqui nesse pedaço do planeta se consome tanto bicho de casco!

Nas festas de fim de ano, como em todas as ocasiões festivas do amazônida, se as posses e o tempo deles favorecer são essas delícias que são ofertadas com orgulho aos convidados. É de lamber os beiços e a pontas dos dedos.

Já se vão cinco dezembros desde que cheguei na terra do gás e do petróleo e em todos nos locais que fui convidado e consegui ir nas festas próprias desse tempo, lá estavam eles com seus cheiros e sabores próprios. Irresistível!

Entre os quelônios nenhum deles bate a tartaruga, porém, visto o preço é prato para os da elite econômica, tem que ter cacife, bolso. O preço de uma delas adulta, no ponto de fazer o banquete é em média trezentos reais.

Um detalhe importante na cozinha amazônica que ela define a regra geral, é preciso ser artista, pois cozinhar é uma arte. Amador aqui não tem vez. Como toda cozinha levou centenas de anos para alguns pratos serem fundidos e os que são feitos com os quelônios são heranças de tempos remotos, do período dos grandes cacicados e províncias amazônicas.

A foto acima fiz no sábado no almoço de aniversário, é do tradicional prato feito do sangue do com os seus "miúdos" do animal - o sapatéu. É uma delícia sem igual!

* A pesca predatória para abastecer grandes mercados tem levado a diminuir o número desses animais tão saborosos. Precisamos seja de políticas públicas, como de uma educação ambietal que nos ajude a preservar, curtir esses sabores e ainda fazê-los fonte de renda, principalmente para o homem da floresta!