sexta-feira, 12 de março de 2010

Tefé

Estou em Tefé e aqui num ritmo de trabalho que está me levando a lona. Talvez seja pelo cansaço, a imunidade baixou e também baixou gripe, inflamação na garganta, virose e um cansaço, tô meio moído. Mesmo assim tô tentando fazer o que aqui vir fazer.

Cada vez que venho nessa cidade, descubro devagar mais uma faceta e essa foi a vez que mais conversei com tefeenses, me falam de suas belezas e seus desafios, e são muitos, os dois!

A cidade, terra da castanha é um misto de povos indígenas e de outros municípios que aqui passam para resolver situações de trabalho e saúde; mais especificamente complicações no judiciário. Assim traçam no substrato social mais escondido, por baixo de tudo, um tupé cultural interessante.


Essa santa ceia incutlturada é um dos seus encantos, feita por um artista local e conhecida por poucos. O artista retrata Cristo celebrando a última ceia no centro da floresta amazônica, tendo como participantes os povos da floresta. Muito criativa.

Seria preciso tempo e saber se colocar com um povo para ir descobrindo debaixo da estrutura social encoberta pela cultura consumista, os valores culturais que essa gente guarda de longas datas. Infelizmente tempo não tenho muito por aqui e saber se colocar a esse nível cultural é uma arte que não domino.


Pela cidade um pequeno grupo de indígenas se dirigindo a Câmara Municipal na espectativa de lá encontrar com outros grupos para somar solidariedade com seus parentes que estão vivendo um conflito de terra na zona urbana e outro na zona rural.

Esse povo guerreiro, enfrentando durante esses últimos 500 anos os mais diversos embates, não desistem de suas guerras. Sim, brasileiros por primeiros, não desistem nunca!

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