De carona em canoa furada
Numa de minhas viagens entre Coari – Manaus – Coari; conversei com um jovem da Vila do Murituba que embarcou em Codajás. Me dizia que tinha ido a cidade falar com o prefeito sobre a qualidade da educação que ele e outros jovens tinha recebido em sua Vila. Reclamava que tinha terminado na Vila do Murituba o ensino médio e a vida continuava do mesmo jeito que era antes. Então questionava o sentido de estudar oito, noves anos e não ter aprendido alguma coisa que servisse para o seu mundo.
O caso desse rapaz não é um caso isolado na Amazônia, pelo contrário é um determinante da educação rural da Amazônia, aqui ela não anda de canoa e nem no mato, vai pelas nuvens, isto é, até agora usamos conteúdo e metodologia educacional de fora.
Por isso quem conclui qualquer etapa de estudos no interior ou até mesmo nas cidades entende quase nada ou nada mesmo do mundo Amazônico. Resultado, nós amazonidas estamos cada vez mais, sabendo cada vez menos do nosso mundo.
Mais essa é só uma parte da realidade da educação rural. A outra e principal é a logística, com o tamanho da região que é praticamente toda movida no mundo líquido, o desafio é enorme.
Depois vêm as condições de trabalho, de transporte, moradia levados tudo de qualquer jeito, tem uns 80% para sair uma educação de péssima qualidade.
Na terra do gás e do petróleo ainda tem mais o agravante da politicagem. Tem que trabalhar não pela qualidade, mais sim fazendo o jogo de quem tá no poder. O grupo atual teve que recomeçar quase que do zero; a equipe passada que já tinha uma experiência pelo tempo de trabalho foi desarticulada. E compreender esse mundo leva tempo.
Se quem tem feito um bom trabalho, tem conseguido fazer pela motivação; a terra do gás e do petróleo tem tudo para continuar tendo uma péssima educação, na zona rural mais ainda com salários de professores, pagamentos de catraieiros e fornecedores atrasados, não motiva ninguém a fazerem uma boa educação.
E assim vamos nós com a educação na terra do gás e do petróleo, pegando carona numa canoa furada, afundando e cada dia mais no fundo!
O caso desse rapaz não é um caso isolado na Amazônia, pelo contrário é um determinante da educação rural da Amazônia, aqui ela não anda de canoa e nem no mato, vai pelas nuvens, isto é, até agora usamos conteúdo e metodologia educacional de fora.
Por isso quem conclui qualquer etapa de estudos no interior ou até mesmo nas cidades entende quase nada ou nada mesmo do mundo Amazônico. Resultado, nós amazonidas estamos cada vez mais, sabendo cada vez menos do nosso mundo.
Mais essa é só uma parte da realidade da educação rural. A outra e principal é a logística, com o tamanho da região que é praticamente toda movida no mundo líquido, o desafio é enorme.
Depois vêm as condições de trabalho, de transporte, moradia levados tudo de qualquer jeito, tem uns 80% para sair uma educação de péssima qualidade.
Na terra do gás e do petróleo ainda tem mais o agravante da politicagem. Tem que trabalhar não pela qualidade, mais sim fazendo o jogo de quem tá no poder. O grupo atual teve que recomeçar quase que do zero; a equipe passada que já tinha uma experiência pelo tempo de trabalho foi desarticulada. E compreender esse mundo leva tempo.
Se quem tem feito um bom trabalho, tem conseguido fazer pela motivação; a terra do gás e do petróleo tem tudo para continuar tendo uma péssima educação, na zona rural mais ainda com salários de professores, pagamentos de catraieiros e fornecedores atrasados, não motiva ninguém a fazerem uma boa educação.
E assim vamos nós com a educação na terra do gás e do petróleo, pegando carona numa canoa furada, afundando e cada dia mais no fundo!
Um comentário:
E verdade padre! não acredito que um dina
Postar um comentário