Na garupa do rabeta II

A educação pública nos municípios do Brasil é ruim, e em alguns municípios vai de mal a pior, este é o caso da terra do gás e do petróleo. São poucos os municípios que fazem a diferença.

No geral o desafio é estrutural, são vários os desafios que dificultam o Brasil dar passos firmes para uma educação pública de qualidade. Esses desafios vão desde o cuidado com as escolas, até o pagamento de professores, justificativa sempre presente na queixa dos envolvidos no processo de melhoria do ensino.

Os municípios que estão fazendo a diferença são os que estão construindo espaços de aprendizados por conta própria. Nem os salários dos professores e nem as escolas são melhores que as dos outros municípios.

Podemos está nos perguntando, qual é o fator determinante para que esses municípios para eles fazerem a diferença?

Neles há uma vontade de fazer a diferença, de fato querer ajudar as pessoas a fazerem um caminho que os leve a educação, a aprenderem. Fazer esse caminho não é fácil, não basta só pagar bons salários; é preciso envolver a todos – professores, alunos e pais - para a mudança acontecer.

Na teoria esses princípios são conhecidos, na prática, é uma outra história!

Na terra do gás e do petróleo a coisa é mais complicada ainda, porque boa parte dos professores vive envolvida numa nuvem politiqueira que os cega e os gestores, secretária da educação e representante da Seduc no município, nem se fala.

Não que em outros municípios, onde a educação está bem, não tenha esses embrolhos politiqueiros, mais eles não podem puxar o carro. Como diz o ditado, não se pode colocar a carroça diante dos bois. Mais é o que acontece em Coari.

Só quando de fato estivermos unidos com o objetivo comum de estarmos sempre aprendendo para ajudarmos os outros a fazerem o mesmo, é que a terra do gás e do petróleo poderá ter uma educação de melhor qualidade. Enquanto isso, vamos continuar ostentando péssimos lugares nos índice que medem a qualidade de educação no país.

Voltando a garupa da moto da terra do gás e do petróleo; conheço vários motoqueiros com mais de um ensino médio e nossos universitários chegam na carteira de um curso universitário com um atraso de anos no seu currículo escolar e correm o risco, se não correrem atrás do prejuízo de terminarem a universidade sem ter tapado o buraco deixado pelo passado.

Um exemplo disso foi o resultado da última prova da OAB-Am., onde 86% dos que fizeram a prova ficaram reprovados e a reclamação de muitas boas e grande empresas por mão de obra qualificada. Temos vagas e não temos profissionais capacitados para preenchê-las; mesmo com grande número de pessoas com cursos universitários no nosso estado.

Já em Coari, nenhum, nem, nem vagas e nem profissionais, de fato capacitados. Só restando ser motoqueiro. Vamos precisar de mais associações!