sexta-feira, 11 de junho de 2010

Eis o que sobra


Na fala dos antigos, as águas já atingiram onde tinham que chegar esse ano na nossa região. Porém as chuvas além do previsto, estão sendo um fator novidade que está fazendo crescer o volume de água no nosso mundo aquático.

A Amazônia segue assim sendo uma região rica, nesse que será um dos bens mais preciosos do planeta. E agora com as águas em alta, essa riqueza aparece de forma abundante, avançando sobre tudo. Quem tem suas casas construídas as margens dos leitos, provavelmente sente mais que outros essa força líquida e volumosa.

A terra do gás e do petróleo é cortada por dois belos igarapés e seus braços. O Igarapé do Espírito Santo que entrando pelo lago divide a cidade ao meio. No decorrer de nossa história ele não teve suas margens respeitadas, casas e mais casas foram construindo e invadindo seu espaço.

Se achamaos que isso ainda foi pouco, entupimos suas beleas e negras águas com nossos restos, boa parte da rede de esgoto da cidade é canalizada para seu leito. Já estamos fazendo esse processo por mais de trinta anos e isso não é pouco. Sem sua mata ciliar que serve como filtro de toda sujeira e alimento para os peixes, suas águas não tem como se purificar e seus nobres e saborosos habitantes foram habitar noutras paragens.

Assim continuamos a destruir nossas riquezas e com a chegada do plástico como uso doméstico, temos mais um elemento destruir, a nossa própria falta de cuidado que manda esses dejetos quase que indestrutíveis dentro d'água. O resultado é o que vemos na foto!

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