quarta-feira, 28 de julho de 2010

A terra do já teve!


São várias as riquezas do nosso Brasil, entre elas está a cultural. A mistura de povos: nativo, europeus e africanos resultou num misto cultural riquíssimo e as diversidades regionais dão um particular único para cada região do país.

As festas juninas são marcas registradas do norte e nordeste. Mesmo sendo forte nas duas regiões, cada um tem o seu modo de ser e os diversos graus de envolvimentos das pessoas. No Amazonas tem ganho destaque mundial os bois de Parintins, que atraem grandes multidões de diversas regiões do país e do planeta. Uma festa planetária Azule e Vermelha.

A cidade de Manaus é um palco de festas juninas. O manaura, principalmente dos bairros mais populares vive intensamente esse tempo. Além do grande festival junina no palco da antiga Bola da Suframa, atual monumento dos povos amazônicos, são inúmeras as "danças folclóricas" que ali encantam quem vai lá presenciar o evento.

Nos municípios do interior do Amazonas, incluíndo Coari, as "festas juninas" foram bastantes vivas e expressavam com alegria e criativadade o modo de ser e viver de cada um dos municípios do Estado. Hoje uma pequena minoria conseguiu sobreviver ao atual momento tão ligado a mídia televisiva.

A terra do gás e do petróleo foi na onda dos outros, ou de alguns que vinham de fora, sabendo tudo de cultura das festas juninas e entrou numa de copiar as festas do outros, deixando o que era nosso de lado. E deu no que deu, somos a terra que copia e copia. E no atual momento nem copiar, copiamos mais. Nossas "Festas Juninas" entraram para a conta das coisas que já tivemos. Aqui também é a terra do já teve.

Nossa atual secretaria de cultura que tem na frente um secretário fraco como nenhum outro que já passou pela nossa história, pensa que cultura são eventos musicais para vê gente de fora cantar, tocar e beber. Bom para os traficantes e a cafetões e cafetinas. Estamos bem; bem mal!

Um comentário:

EMANOEL FILHO disse...

O senhor está certíssimo. A cultura local, tem que ser estruturada, tem que ser entregue a população articulada em grupos e financiada pelo poder público e iniciativa privada. Está aí, o início do círculo virtuoso, ficando assim instalada a política pública que jamais dependerá de qualquer governo de plantão (O COMO FAZER É QUE NÃO ESTÁ A ALTURA DOS GESTORES DA PREFEITURA DE COARI). Em COARI, a política é a do desgoverno. Abraços, EMANOEL.