sexta-feira, 20 de agosto de 2010

"Voto Vendido, Povo Vencido"

Ultimamente ando desconfiado com frases chavões. Duas delas ficam vindo e indo, navegando nos meus pensamentos esses dias, a de um título do editorial do jornal A Crítica que dizia que "o eleitor também precisa mudar" e outra já batida que "o povo tem os políticos que merece".

Minha inquietação é que toda culpa de ter os políticos que temos recai sobre o povo; será que é ele de fato o culpado? E a conclusão é que ele é mais vítima, que culpado!

Vítima de um sistema que ao longo dos séculos tem criados estruturas geradoras de morte. Portanto temos uma situação de pobreza, miséria, fome, analfabetismo, ignorância estruturadas e mantidas pelas elites econômicas e políticas do nosso país, para se manterem no poder e matarem sua ganância vorax.

Só mantendo o povo na pobreza e na miséria, passando fome, analfabeto e ignorante é que essas elites conseguem se manterem onde estão. Um dia, se esse dia chegar, quando formos de fatos "educados" no conhecimento e na sabedoria, e a riqueza do Brasil estiver dividida é que podemos dizer que o povo pode ter qualquer culpa pelos políticos que tem ou tem que mudar.

Some-se mais os votos dos que ganham, lucram com a compra e venda de votos. Os que vivem da ambição e da vaidade; que buscam riquezas a todo custo, que só vivem no jogo do ter, jogo do mercado, do dinheiro, das empresas que transformaram através dos meios de comunicação os objetos necessários em objetos de desejo e o circo está armado.

Como dizer aos marcados pela fome, miséria, analfabetismo, ignorância e ganância que não vendam seus votos?

A tristeza disso tudo, vem da certeza que o povo que vende seu voto é um povo vencido - "Voto Vendido, Povo Vencido"!

2 comentários:

Anônimo disse...

Para o coariense feliz que e o senhor ELSON FREITAS, SUB-SECRETARIO DE FINANÇAS, pare de persegui as pessoas você ELSON FREITAS você tem a memória muito curta para e reflita que você e demais funcionários que na época da gestação de ADAIL foram perseguidos que ate hoje vocês não foram reintegrados e nem receberão o seus vencimentos , meu amigo, este seu cargo ELSON FREITAS, não e eterno, você mostrava tanto interesse que esta gestão de ARNALDO seria diferente mas como diz o ditado popular que conhecer o homem der dinheiro e poder.

Professor ALVES de Coari/AM disse...

Padre Zezinho o texto está explicativo, mas quero dizer que ainda estamos na Idade da Pedra Lascada, onde o homem vivia nas cavernas e sua luta é pela sobrevivência.

Por outro lado, vejo que já houve mudança, pelo menos na Lei Eleitoral, no texto FICHA LIMPA.

As mudanças não são rápidas e, mesmo devagar, vejo mudança.

Por exemplo: Os políticos FICHA SUJA e que já foram julgados e condenados por colegiado não vai concorrer a eleição, mesmo que tenha dinheiro como dizem os eleitores que querem vender o voto não poderão ser candidatos.

Outra questão dos avanços são as propagandas eleitorais pelo TSE nos meios de comunicação (TV, rádio, jornal etc), já se pode observar que as propagandas são para conscientizar os eleitores que querem vender o voto, por exemplo:

"A propaganda que diz que o eleitor ao aceitar os tijolos perde uma escola."

Padre Zezinho, mas não é só isso, nós podemos fazer a nossa parte pecando as nossas máquinas de fotografias e câmeras de vídeos e fotografar e fazer vídeo de todos os carros usado por políticos durante a campanha, filmar ou fotografar os muros pintados, filmar ou fotografar os cabos eleitorais etc para comprovação de prestação de conta.

Só para se ter uma idéia da complexidade eleitoral: todo candidato que contrata um cabo eleitoral é obrigatório assinar a Carteira de Trabalho, pagar o salário mínimo e recolher os encargos previdenciários.

Outra complexidade: o candidato a político tem que prestar conta durante os três meses de campanha, e se não comprovar os gastos do mês pode ficar inelegível por 4 anos.

Por isso digo Padre Zezinho é fácil tirar os políticos compradores de voto das ruas e de circulação e não deixar o miliante se eleger, basta denunciar os gastos com provas materiais (foto, vídeo etc) de passeata, dos carros de som, das músicas de campanha tocadas, cabos eleitorais contratados, muros pintados etc no site da Justiça Eleitoral.